nunca me agradaram morais muito elaboradas, repletas de princípios, convicções, regras, directivas e afins
por isso, creio não ter muitos “princípios morais”
não pagar por sexo, contudo, é um dos que tenho
4º dia de viagem
portimão, sexta feira, depois da meia-noite
estou à porta de um bar, com um ex-colega
(a quem vamos chamar Carlos), a quem fui visitar
no interior era impossível conversar
além de que, estacionar à porta de um bar é algo muito interessante
noite abafada – falávamos das nossas vidas
afastadas uma da outra há quatro anos
chegam três raparigas “bem produzidas” – mirei cada uma delas
- ás minina vãum chégando…
disse ele baixo, imitando sotaque brasileiro de telenovela
com um sorriso matreiro e rematando com um gole de cerveja
- ah é ?... – disse eu apenas
- pois…
olhei as raparigas novamente
eram brasileiras sim
divertidas, um pouco espalhafatosas
como disse: “bem produzidas”
aparentando serem apenas três amigas que vinham divertir-se um pouco
não tinham os “trejeitos” algo característicos de quem alterna
no entanto… Carlos garantiu-me que assim era
e que apareceriam mais – não muito juntas, não em grande grupo
“para não atraírem outras atenções, que não as que lhes interessavam”
(get it !!!)
e lá foram aparecendo realmente
até que…
chegou uma…
que diabo… que mulher lindíssima !!!
juro que… estarrecedoramente bela.
como que senti um impacto ao encarar com ela
algo “sólido” quase
- santíssima….. – balbuciei
aqueles olhos grandes, escuros
encontraram os meus
e durante um momento (interminável)
não se desviaram
sorriu-me
- põe-te a olhar para ela e depois queixa-te que ela não te larga…
murmurou Carlos “como quem não quer a coisa” e rindo-se em seguida
não me importei, não quis a secura daquelas palavras
queria olhá-la
apenas olhá-la
depois ela “desolhou”
e foi como se eu voltasse a conseguir respirar
“que raio!”, pensei
estranhei-me !
(Carlos ria-se, o sacana…)
- lá que é boazona, é ! – disse
só então me apercebi que não sabia se ela era “boazona”
que ficara cativo daquele rosto
daquele olhar, daquele sorriso
tornei a olhá-la
os saltos altos não conseguiam fazê-la… alta
era pequena, esguia, bem torneada
muito bronzeada (comme il faut)
não tinha o aspecto das outras conterrâneas
essas sim, as mais típicas “boazonas”
cheias de curvas voluptuosas (e bem à vista)
algo índias ou mestiças
exóticas, eróticas, mas com um não sei quê de grosseiro
aquele rosto triangular
ao mesmo tempo anguloso mas suave
com grandes olhos escuros, nariz fino e boca bem desenhada
cabelo comprido, muito negro
nada se enquadravam na outra imagem
e havia algo mais
algo que não consigo descrever
aura ? magnetismo ? um laivo de aroma ?
ou talvez dos meus olhos…… não sei
ela acabou por entrar no bar
não sem antes me lançar outro olhar
outro sorriso
senti-me apalermado
quando percebi que ficara aquele tempo em silêncio
o meu ex-colega ria-se com gosto
- ó pá, vê lá se te queres atirar à miúda… até pareces engasgado.
ri-me – fiz apenas que “não” com a cabeça
procurei retomar a nossa conversa
mas admito – forcei-me a distrair o espírito
depois, no interior, vi-a já abraçada a um cinquentão
com ar de “cámone”
só mais tarde
já no hotel, já a sós
me imaginei na cama com aquela rapariga
soltando a libido
não permitindo outras considerações
que me arrefecessem o íntimo
fantasiei aquela boca colada à minha
e depois
tudo o mais daquele corpo esguio e pequeno
arremessado no prazer pelo meu
masturbei-me
adormeci com aquela troca de olhares
de sorrisos
a manhã seguinte veio fria e chuvosa
a melhor demonstração deste “verão” errático
também assim vieram os meus primeiros pensamentos
“não há cinderelas nestas histórias, nem tu és o Richard Gere”
num instante fugaz
vivera a fantasia de que aquele sorriso, aquele olhar
não estavam à venda
deixaria as coisas assim
sem necessidade de mais dissecações
tomei o duche
afeitei a barba
vesti-me – arrumei o saco
pequeno almoço – check-out
fiz-me à estrada
- atrasos -
mais uma vez as minhas desculpas ; demoro a colocar os artigos por duas razões :
1º, porque insisto em dá-los a ler às pessoas envolvidas antes de os colocar aqui e “esqueci-me”, tão simplesmente, que havendo pessoas ainda em férias não têm acesso aos seus e-mails com a facilidade usual (nalguns casos já tinha autorização para os colocar mas, ainda assim insisto em que leiam primeiro).
Desejando colocá-los por ordem cronológica, acontece que logo o primeiro atrasou todos os demais.
2º, assim que contactei a empresa foi uma enchente de requisições à minha pessoa.
1º dia de viagem – 1ª visita
as férias são quase sempre gratificantes para as menages
como aliás para o sexo no geral
mais disponibilidade de tempo
outras disposições
sem dúvida, mais tesão
começava estas férias com três convites de outros tantos casais
três visitas que, só por si e dependendo do meu tempo, me garantiam boa companhia, bons momentos e bom sexo também
para a minha primeira visita apenas tive de percorrer uns meros
à chegada, contudo......
a minha anfitriã estava acometida de uma indisposição extremamente aborrecida que a retinha prostrada no apartamento
coisas que se comem…. infelizmente acontece.
o menage-a-trois começou logo aí
com a menina a ser mimadérrima por dois homens incansáveis
em idas à farmácia, cházinhos, torradinhas
caldinhos, festinhas e muitos beijinhos
(pois, pois…)
mas resultou
no dia seguinte já desfrutámos
de uma cautelosa ida tardia até à bonita praia
e a enfermazinha depressa se recompôs
pelo que, ao final da tarde
já lançava descaradas provocações aos seus enfermeiros
nestas coisas das menages acontece que
apesar do “miolo sexual” ser muito bom
o que fica por vezes a demarcar a ocasião são as situações limítrofes
os pequenos pormenores, etc
esta foi uma menage muito “calminha” (tendo em atenção o sucedido na véspera) mas começou de uma forma absolutamente deliciosa e que resultou muito tesuda
estávamos os três à varanda/terraço do apartamento
a noite estava amena
havia animação de rua num largo mais abaixo
e bastantes outras pessoas enchiam outras varandas do complexo
algumas delas bastante perto
naquele canto do bloco de apartamentos em “L”
Nita gemeu e pensei que a indisposição voltara para a / nos atormentar
não podia estar mais enganado. (que tótó !!!...)
ela gemera porque… as mãos marotas de Zé já haviam encontrado o caminho pela saia acima até àquele belo par de nalgas
ri-me… ela riu-se… Zé assobiava…
bom… menage é menage, pensei
e num ápice, muito discretamente
a minha mão direita também passeava na pele sedosa
- ó pá, olhem lá as pessoas – resmungou Nita, sem muita convicção
- quero lá saber das pessoas!?! Ninguém vê… - respondeu Zé, armado em bruto
a minha mão continuava a amaciar aquele belo traseiro e já tinha o ferro em brasa
entretanto, a mão de Zé desceu para zona mais recôndita
ficou o traseiro à minha mercê
estoicamente, ela continuava “serena”
ora fingindo-se interessada no espectáculo embaixo
ora olhando o céu estrelado
- está uma noite linda, não está ?...
perguntei eu, gozão, continuando a apalpá-la a preceito
- m…mmm – fez ela apenas
- estás a gostar de ver as estrelinhas ?...
tornei eu, gozando ainda mais
- hummmm, sim. – gemeu ela
Zé ria-se, com ar muito sacaninha
- daqui a bocado ainda vês mais !... – replicou ele
- quero já… - gemeu Nita, pousando a cabeça nos braços, já ofegante
- não, não…… tens de esperar… só quando eu disser.
e ali continuámos à varanda, olhando toda aquela gente
com Nita “presa” entre ambos
já a contorcer-se dos prazeres que lhe dávamos
a certa altura resolvi ousar um pouco mais
fingi sair da varanda, sentei-me no chão
e deslizei para debaixo da saia de Nita
houve um momento de surpresa de ambos... depois riram
um ou dois preparativos e…. a minha língua começou a trabalhar
levando mais desassossego a Nita, que estremecia de alto a baixo
estava incrivelmente húmida - principiando a ficar irrequieta
não bastasse isto… logo de seguida, Zé ajoelhou-se atrás dela
enfiou a cabeça pela saia e fez-lhe botão de rosa
a pobre Nita parecia estar no epicentro de um terramoto
ainda aguentou alguns minutos mas… depois ficou-lhe insuportável
sentir tudo aquilo sem deixar que se notasse
de repente, com um gritinho e uma risada
“fugiu” para dentro da sala num pulo
Zé desequilibrou-se e ficou estatelado no chão
ambos desatámos à gargalhada
depois, lá fomos, feitos malucos, de gatas e a rir, atrás de Nita
corremos as cortinas e procurámos por ela
para lhe administrarmos o “tratamento” definitivo
como já disse, esta menage foi muito calminha
feita de longos preliminares
menos “vigorosa” que outras no passado
mas nem por isso menos gostosa !
fazer preliminares como estes nossos
numa varanda ou a uma janela
pode parecer um pormenor sem grande relevância
mas…
aconselho-vos a experimentarem
tem a sua dose de adrenalina sem que se corram grandes riscos de “atentado ao pudor”
nestas férias optei por me manter em forma, sacudir os ossos, divertir-me à grande… fui de terra em terra procurando novas experiências, novas sensações… fiz rapell, bungee jumping, slide, rafting, mergulho, espeleologia e era “disco” todas as naites… mulheres, essas, foram de todas as cores e géneros, noite sim/noite sim e papei até me regalar……
bom……
nesta reentré
este podia ser o meu artigo de abertura
mas não é !
foram umas férias excelentes !
há bastantes anos que não tinha umas assim
com algumas experiências novas (sim!)
com algumas visitas e alguns reencontros (sim !)
com bastante sexo (sim… q.b.)
mas foram umas férias principalmente de “pensar”
e de “observar” também
levei na bagagem algumas coisas que me pediam certa meditação
outras foram-se-me apresentando pelo trajecto
poderão pensar : “ tirar férias para interiorizar ?!? que raio de ideia !…”
poderá parecer algo estrapafúrdio... percebo-vos
contudo, nos tempos que correm
com a vida passando a 300 à hora
sem muito tempo verdadeiramente livre para o pensamento
não será assim tão estrapafúrdio o facto !
há muitas justificações socialmente aceites
que desmotivam para que não nos debrucemos sobre a vida
todas nos parecem aceitáveis e compreensíveis…
quando na verdade, são todas elas perigosas !
mas…. férias com este género de “hobby” (eheheh)
só poderão resultar excelentes se tirarmos conclusões.
e eu tirei-as.
muitas dessas conclusões não terão cabimento aqui.
falar-vos acerca de conclusões profissionais
hum...... não me parece que vos motive muito à leitura
mas……
mais leve, mais lúcido e bastante repousado
trago alguns textos
uns curtos
outros mais elaborados
uns apimentados
alguns divertidos
outros nem tanto
º
entretanto, se assim desejarem…
deixo-vos uma frase de um amigo
(a propósito do que acabei de escrever)
que talvez queiram comentar
As pessoas hoje em dia só pensam na vida quando falta o dinheiro, ou são despedidas ou levam um par de cornos. Até lá… acham que a vida é só deixar correr.
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