Não é o único problema. Além do sofrimento físico, a criança vê-se num ambiente hospitalar hostil e agressivo. “Num serviço de cirurgia geral não há um peluche nem um ambiente infantil, o que deixa marcas psicológicas profundas para toda a vida”, sublinha o cirurgião.
Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.
Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e
Na
O Hospital D.
o que não se leu no Correio da Manhã :
« Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.»
o Hospital de Dona Estefânia há várias décadas que tem uma UCIP (Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos) a funcionar em pleno
(e tinha uma unidade para queimados).
como é que o cirurgião entrevistado desconhece a existência dessa UCIP é um enorme "mistério" !
quanto à "situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha" já se falará mais à frente.
« Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e em funcionamento.” »
exacto… fechou para “remodelações” !!!...
o seu pessoal, entretanto, foi “integrado” noutros serviços – enquanto se iriam fazer as tais “remodelações”.
depois… começaram-se a formar, arbitrariamente, profissionais de outros serviços em “queimados”, o que começou a levantar suspeitas e desagrado entre o pessoal.
a isto começou-se a chamar “equipa multidisciplinar”…
(e é-o sim !... compulsivamente ! )
só mais tarde se revelou a verdade... a Unidade para Queimados encerrou e os queimados passavam a ser tratados por essa "equipa multidisciplinar" na UCIP.
ou seja, como é "hábito" em Portugal, as verdadeiras intenções foram escondidas desde o princípio, inventaram-se "desculpas" e "razões" e foi-se caminhando dissimuladamente para o fim pretendido.
quando as coisas ficam definitvas... já não há remédio, que se há-de fazer ?!?!? certo ?
o que um estratagema deste calibre faz a um ambiente de trabalho e do esforço que os profissionais fazem para que esse desagrado não passe para os doentes e familiares de nada interessa a quem está na base deste tipo de actuação !
« Na opinião do cirurgião, Portugal devia ter, pelo menos, três UCI pediátricas: uma no Porto, outra em Coimbra e outra em Lisboa. »
e o cavalheiro insistia !
EXISTE UMA UCIP NO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA !!!
porque razão, uma reportagem televisiva que abordava os “principais serviços do Hospital de Dona Estefânia” omitiu grosseiramente a existência dessa UCIP é também um grande “mistério”.
porque é que os protestos dessa unidade por ter sido IGNORADA nessa reportagem nunca tiveram nenhuma repercussão é outro “mistério”.
talvez porque a estação televisiva que fez a reportagem tivesse sido barrada por profissionais dessa UCIP quando tentava obter notícias sencionalistas passando por cima de toda a ética !?… é apenas uma ideia... apenas uma ideia.
porque é que andaram a sobrecarregar o Hospital de Santa Maria com crianças doentes que deveriam ter sido orientadas para a UCIP do Hospital de Dona Estefânia é outro “mistério” !!!
talvez que os esforços de uma médica tenham evitado que a UCIP do H.D.Estefânia tenha encerrado para… “remodelações”... e frustrado os planos de alguém.
qual é o interesse em fazer crer que não existe uma UCIP no Hospital de Dona Estefânia ?!?
« O Hospital D. Estefânia esclarece que fechou a Unidade de Queimados, em Junho de 2005, por falta de condições de segurança. Embora sem unidade, os queimados são tratados pela mesma equipa multidisciplinar. Em caso de falência de órgãos, as crianças são internadas na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, recorrendo a isolamento se for necessário. Em 2004 foram tratadas 145 crianças queimadas, no ano seguinte 101, em 2006 passou--se para 146 menores eeste ano, até Setembro, tiveram tratamento 96. »
afinal… não eram “remodelações”… eram “falta de condições de segurança”.
tanto falso nome para “ordens superiores para cortes nos custos” !...
o Hospital de Dona Estefânia tem, inclusive, uma cama automática para tratamento de grandes queimados, que se julga senão a única, das poucas existentes no país – e isto não é dito em parte alguma.
a notícia “estrondosa” da criança queimada que a "Estefânia recusou" e que foi ser tratada em Espanha, que tanta polémica levantou e que levou até o snr. Ministro a ir dar explicações à televisão... foi mais uma manobra para denegrir aquele Hospital… nada mais !
(hoje em dia... grávidas terem de ir parir a hospitais espanhóis porque lhes fecharam as maternidades em Portugal já não é "grave" nem "escandaloso" - a mudança dos tempos e das vontades é extremamente rápida neste país !!!...)
o Hospital de Dona Estefânia trata queimados com regularidade e tem uma UCI P !!!
tudo isto são manobras para sugerir que o Hospital não tem valências nem capacidades para tratar estes problemas.
de quem exactamente ???…
que cada um puxe pela cabecinha e que comece a ler nas entrelinhas.
um hospital pediátrico que não tenha estas capacidades… é obsoleto, está caduco e está pronto para ser encerrado, vendido, demolido… não é ?!?
que conveniente !!!
agrada-se a uns (que terreno enorme aquele...), "desenrrascam-se" outros com uma valente maquia em dinheiro (até se diz que para pagar o hospital novo - que intuito meritório) e que se lixe uma herança... pois aquele hospital foi oferecido a um País e a um Povo... não a um governo qualquer !
uma amiga,
depois de uma longa conversa,
passou-me esta "incumbência"…
que assumirei com todos os meios que conseguir reunir !
o Hospital de Dona Estefânia, nosso único hospital dedicado exclusivamente à pediatria em Portugal, vem sendo de alguns anos a esta parte ameaçado de “fecho”.
aparentemente, as administrações anteriores, assim como os directores dos serviços e praticamente todo o pessoal que ali presta os seus serviços não desejam esse fim para o hospital nem concordam com as razões que têm vindo a ser apontadas para tal “necessidade”.
afim de lutarem contra pseudo auditorias “encomendadas” por governos anteriores, que davam o hospital como “sem condições”, conseguiram uma Acreditação de Qualidade, atribuída por uma das autoridades mais rigorosas da Europa.
esta "luta silenciosa", segundo me diz a minha amiga, já vem a acontecer desde o ano 2000 (ou talvez mesmo antes) e têm sido orquestradas manobras difamatórias ao Hospital, de forma a denegrir a sua imagem junto do público.
contudo… parece que essa Acreditação não tem qualquer valor para o actual governo, que se apresta a proceder ao fecho do hospital e a “substituí-lo” por um piso no futuro hospital de Todos os Santos.
a minha amiga também me elucida de duas coisas “interessantes” :
uma delas diz respeito a interesses imobiliários que há muito se movimentam na sombra, com os olhos postos naquela “apetitosa mancha de terreno” bem no centro de Lisboa e fala-se em surdina num multimilionário projecto para condomínio fechado.
a outra é que, quando alguém aborda este assunto, surgem imediata e muito convenientemente acusações de “obcecados com teorias da conspiração”…
seja como for… surgiu um blogue que tenta deitar alguma luz sobre tudo isto e que pede a colaboração e o apoio de quem a isso esteja disposto… assim como uma petição contra o “fecho” do Hospital de Dona Estefânia, que agora também aqui divulgo.
tudo indica que… os profissionais que servem neste Hospital andam manietados na sua liberdade de expressão e que os seus cargos correm perigo de represálias por manifestarem o seu desagrado e discórdia por todo este processo !
eu não fazia ideia desta situação… pois não tenho filhos e os meus sobrinhos são, felizmente, muito saudáveis nunca tendo necessitado de recorrer a este Hospital, mas… por via de outras pessoas tenho uma excelente imagem dele !
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/petition.html
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
hoje foi dia de “tampa”.
é verdade, também levo “tampas”.
não há infalibilidades, julgavam o quê ?!
hoje era o 3º round, lol…
e dado que fora ela a telefonar…
a expectativa era grande.
parece-me natural, não ?!
jantar… e já uma hora de bar.
estava tudo “certo”.
iríamos para casa dela.
“que preferia sentir-se em casa”
mas obviamente que…
por mim… lindamente !
os beijos foram estonteantes
(sem duvida !!!)
o corpo muito insinuante
a reagir muito bem às minhas mãos
“que era só um aperitivo…”
interromperam-nos…
rimos, brincámos… voltámos.
mais um pouco de bar
“para não dar muita bandeira”
mas claro… sem stress.
estivemos de conversa no grupo.
nada de extraordinário.
nada de anormal.
fui ao carro buscar a câmara fotográfica.
tiraram-se umas fotos no grupo.
fui ao wc.
fui ao bar buscar duas bebidas.
nada notei de estranho…
foi de repente… juro !
- que tens ?
- hum… nada, nada…
não percebi o trejeito.
mas também não valorizei…
parecia que ia ao balcão.
nada perguntei.
volta de repente e diz:
- olha, esquece… o que querias não vai acontecer !
fiquei a olhar para ela… calado…
espantado, admito, claro !
- esquece… esquece…
tornou ela com maus modos.
- está bem !
disse eu apenas.
acho que foi ao wc…
“que foi isto ?!?”
perguntei a mim próprio
sem qualquer esperança de resposta.
depois…
vejo-a vir dos lados do wc.
já de mala na mão, passar ao longo do balcão, ir embora.
é verdade que tive um impulso de ir atrás dela.
mas não !... lamento… não.
aproximei-me do grupo.
com alguns cubos de gelo na cabeça, confesso.
ainda fiquei atento ao telemóvel…
talvez um telefonema curto, uma mensagem…
algo que me explicasse.
mas não... nada.
- onde está a XYZ ?
perguntou um amigo
- acho que foi embora… não se despediu ?
- foi ?!... não... não se despediu…
- então não sei !...
- deve ter ido lá fora… se calhar, telefonar…
- é capaz…
pouco depois…
- que aconteceu pá ?!
(pois… ele notou…)
- se queres que te diga… não faço a mínima !...
- mas ela foi embora ?
- parece-me que sim !
- mas… que disse ela ?
- olha… nada que me faça perceber.
acabei pois… por vir embora.
já passei em revista…
todas as palavras, todos os gestos,
até os olhares…
não escreva mais uma letra, se percebi o que aconteceu !
telefona-me ela, para nos encontrarmos…
“arrasta-me” ela para um canto e…
(enfim… interromperam-nos o "aperitivo")
preferia ela sentir-se em casa, mas
mais um pouco de bar, para não dar bandeira.
e…
o que EU queria não ia acontecer ?!?
enfim…
há vezes em que me engano, pronto !...
a observação que muitos farão, já eu a fiz várias vezes
“ alguma coisa aconteceu ! que foi ? “
não… faço… a mínima… ideia !....
sei que não vou atender amanhã no telemóvel,
a simples explicação que devia ter sido hoje.
e ainda há quem não entenda
o “esquecer e passar a outra” ?!?
passe bem… faça o mesmo.
---< O CASAMENTO >---
debaixo da ditadura de Sextrip
- boa tarde... olhe, eu quero saber o que é preciso para casar.
- boa tarde... com certeza... diga-me a sua idade por favor.
- 19 anos.
- casamento... hetero ou homossexual ?
- (meio surpresa) hummm... hetero !...
- com certeza... a senhora estuda ?
- sim, sim... estou a tirar licenciatura em química lacto-ovóide-caprina, 2º ano...
- ah, excelente escolha... com boas saídas futuras - então... temos o seguinte:
nº 1 - a senhora tem de acabar primeiro o seu curso : como compreenderá, ser-lhe-á mais fácil fazê-lo enquanto solteira, pelas mais diversas razões, mas também (e muito importante) está a investir em algo que lhe permitirá a sua auto-suficiência profissional no futuro, seja em que condições forem.
acredite que é um "compasso de espera" que valerá a pena sob qualquer perspectiva.
ora isto... (cantarolando)... 5 anos de curso... portanto aponta para os seus 22 anos... certo ?
- ... (ela fazendo que "sim" com a cabeça...)
- ora, passamos ao nº 2 - nesse entretanto...
- o senhor acha que 3 anos são um... "entretanto" ?!?
- oh sim, minha cara senhora !!!... digo-lhe mesmo... 3 anos não são coisa nenhuma !...
continuando...
neste entretanto, dizia-lhe, a senhora deve, além do tempo dedicado ao estudo, conhecer o maior número de pessoas possíveis, viajar o mais que...
- eu não quero conhecer o maior número de pessoas possíveis... eu só quero o meu namorado, quero saber se ele é o meu "Mr. Right Guy"...
- minha querida senhora... não digo o contrário, nem me atreveria.
mas em boa verdade... só saberá se ele é "candidato a Mr. Right Guy" se conhecer bastante gente para saber exactamente os "right" que lhe interessam a si, no "guy".
ele deverá fazer o mesmo, compreende ? ele também andará à procura da "Miss Right Girl", não será assim ?
e não me refiro a apenas conhecer outros homens, nem sequer a relações românticas nem sexuais.
simplesmente... conhecer o maior número de pessoas possíveis, de ambos os sexos, com vidas diferentes... seja conhecendo os problemas dessas pessoas, seja divertindo-se com elas... passando bons momentos, etc...
- mas eu gosto é de estar com ele !!?... eu amo-o !...
- mas perfeitamente !!!... não invalida... vão conhecendo as pessoas juntos... mas, com os eventuais momentos a sós que vos apeteçam, por exemplo... olhe que é algo excelente de ensaiar desde cedo.
mas dizia... viajar, ter experiências diferentes, etc.
- “experiências diferentes” ?!?!? que quer você dizer com isso ?!? (desconfiada)
- lol lol lol… minha querida senhora… descontraia… quero dizer simplesmente isso, sob qualquer aspecto que a senhora queira imaginar.
alguma vez fez Rapel ou Slide ??? não !? pois experimente… tem tempo livre, excelente forma física… vá em frente… sozinha ou com o seu namorado... sinta a adrenalina a correr nas veias...
sempre quis fazer aquele cursinho de Ikebana ??? pois faça-o… sempre pensou em passar uma noite num deserto africano ??? pois vá !... contemple alternativas, faça daquelas coisas que são “uma vez na vida”, está a ver ?...
ou mesmo… conforme me pareceu que foi o que julgou que eu estava a sugerir, se gostasse de experimentar algo lésbico ??? pois experimente-o !... porque não ?!?...
- … (um pouco constrangida)
- são apenas exemplos, apenas exemplos… não fique assim, lol lol…
continuemos… nº 3... terá de nos preencher o formulário nº 8B para podermos aferir da preparação que recebeu dos seus pais com vista a um futuro casamento.
- os meus pais ?!?... mas que têm eles a haver com isto ?!?
- ah minha querida senhora... muito mesmo ! têm muito "a haver" acredite !
estão comprovadas as mais diversas relações entre os casamentos dos pais com os casamentos dos filhos... e nós precisamos de perceber em que "pé" estão os conhecimentos que lhe foram transmitidos, entende ?
- então... e se os meus pais não me passaram os "conhecimentos" que os senhores achem os melhores ??? vão presos, não ?!?
- lol lol lol... de maneira nenhuma !... não interferimos nisso, não dessa forma... mas poderemos dar algumas dicas aos seus pais, para que a ajudem nesta sua decisão… se eles assim o pretenderem.
com certeza que eles quererão que você vá bem preparada para um casamento, pois será o seu ideal de felicidade que estará em jogo, correcto ?
sabe... é que por vezes há pais que muito pressionam os filhos para que casem... tanto às raparigas quantos aos rapazes... quando no entanto, pouco ou nada lhes transmitiram.
nós simplesmente, precavemos isso !
aquilo que os seus pais não conseguiram transmitir-lhe, tentaremos nós fazê-lo.
é um género de cursilho... nada de muito complicado... tem até mais a haver com gestão económica, gestão de recursos, cuidados a ter com ingerências externas, etc... nada de muito complicado, não se preocupe.
há até quem, mesmo bem preparados pelos pais, requerem o cursilho na mesma.
sempre são mais uns pontos de vista, compreende ?
- estou é a ver que isto de casar afinal é mais complicado do que eu esperava.
- lol lol lol… não tanto quanto a vida… nem tanto quanto o amor, minha querida senhora…
ora vamos ao nº 4…
nº 4… o estágio.
- o quem ?!?!? o quê ?!
- o estágio minha querida senhora.
para poder casar, terá de viver com o seu namorado (ou namorados, como entender) durante, no mínimo, um ano… doze meses, 365 dias, lol…
no mínimo, conforme disse.
- ora essa !!?...
- sim, sim… tenho de lhe dizer que é condição prioritária… e bastante no vosso interesse, acredite.
ficou comprovado que, antigamente, a grande maioria dos conflitos e incompatibilidades surgiam ao fim de apenas 6 meses de casamento… que as pessoas fingiam não se aperceberem deles ou de se importarem com eles porque… já estavam casados, “já não havia nada a fazer”, talvez fosse assim que “deveria” ser, patati-patatá… está a ver ?
por vezes… as coisas mais irrisórias, mas que… originavam autênticas “bolas de neve” silenciosas e corrosivas.
nós simplesmente concluímos inequivocamente que, essas situações se desenvolviam porque as pessoas se sentiam obrigadas a um “contrato”, que se sujeitavam a elas por complexo social… perante pais, amigos, a sociedade em geral incluindo o estado.
a condição de viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha (são perfeitamente livres nisso) não veio erradicar tal, mas… garanto-lhe, minorou imenso esse tipo de situações.
- não sei se concordo com isso !... (contrafeita)
- lol lol lol… minha querida senhora… conforme lhe disse… viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha.
significa isso que… poderá declará-lo ao estado e cumpri-lo no mínimo grau a seu gosto ou imaginável – nós temos noção disso.
contudo, também conforme lhe disse, estamos convictos que esta condição é do vosso completo interesse.
bom… adiante…
ora, com todas estas andanças a senhora já deverá então estar pelos 25 anos, eventualmente com emprego, já terá a sua ideia (sua… vossa portanto) de como quererá experimentar o casamento.
estará na altura de marcar as “entrevistas”.
- mau !!!!... entrevistas ?!?... para quê ?!
- bom… é o nº5… e último, devo dizer.
o casamento, para nós, para o estado portanto, serve para além de oficializar o vosso envolvimento e relação… que bastante nos apraz, pois desejamos cidadãos felizes naquilo que decidirem fazer obviamente… serve também para estabelecer uma carta de direitos e deveres de e para com o estado.
certo ?... sempre assim o foi portanto… não tão declaradamente mas, foi !
logo… desejamos entrevistar-vos… perceber das vossas expectativas… noção do estado do país, perspectivas de futuro, noções de fidelidade mútua ou não, desejos de prole tanto de maternidade quanto de paternidade, etc… coisas muito gerais.
- pois a mim parece-me assim a modos que cusquice… a meterem-se na vida das pessoas.
- lol lol lol… de maneira nenhuma… são até entrevistas bastante informais e… que não serão obrigados a fazerem… podem optar por um inquérito por escrito que se resumirá às declarações necessárias por lei.
mas acredite… os nossos assistentes sociais são de uma experiência incrível, muito amigáveis e pacíficos, que vos podem dar sugestões insuspeitas e de extrema utilidade.
na verdade… estas entrevistas foram criadas precisamente porque no passado se concluiu que o estado se demitia por completo das pessoas num momento de grande tensão social como é um casamento ou era extremamente “frio” e distante no momento dessa decisão… mas cobrando na mesma, depois, os deveres aos cidadãos.
ora… se na verdade os cidadãos não estavam capacitados para essa tarefa… acabava toda a gente a perder, aumentavam as injustiças, os incumprimentos de parte a parte, enfim… a barafunda que se via.
e tanto assim é que… raramente os noivos se escusam a essas entrevistas.
- hummm… estou para ver !...
- sim… “estará para ver” até aos seus 25 anos… o que não é muito tempo, mas… também lhe permitirá formar uma ideia até… a nosso respeito.
- então e depois ?!?
- depois… depois o quê exactamente ?
- depois !… o que os senhores “depois” pretendem ?
- depois pretendemos que façam a vossa vida !... já não nos dirá respeito a forma como a projectam ou conduzem, não acha ? nós só pretendemos que as pessoas façam este, para nós, contrato de vida com o máximo de consciência… nada mais !
- hummm… vou ter de pensar.
- com certeza… esteja à sua vontade.
- e se… (pensativa)… e se eu resolvesse casar depois dos 25 anos… como era ? já seria uma pessoa "capaz" para casar ?! sem precisar de passar por estas coisas ?!...
- bom… critique-se este estado, ou não, por aquilo que ele entende… sim, já pode !
compreendo até o seu desagrado por esta medida.
nós sabemos que há pessoas que aos 20 anos têm tanta maturidade quanto outras de 30 mas… pretendemos garantir uma melhor qualidade de vida a quem não tem esse perfil e que necessita de alguns anos para tomar peso à vida, independente de certa influência familiar por exemplo, ou de pressões ditas sócio-culturais, etc… garantir por exemplo que as pessoas tenham o seu desejo de tirarem um curso também garantido e livre de pressões de qualquer género, etc.
olhe que há pessoas com 30 anos e mais que seguem este programa por sua própria iniciativa até…
- hummmm… acho isto tudo “muito bonito” !!!...
- lol lol… compreendo-a perfeitamente.
- … (?)… bem, okay, como disse, vou pensar… boa tarde e obrigado.
- disponha sempre… boa tarde.
o que há de mais utópico nisto...
... é que eu detesto ditaduras !
um amigo meu sai do carro a fumar, acompanhado pela irmã...
ouvem grande alarido com uma buzina, mas, não ligam...
momentos depois, já quase a chegar à entrada para o hiper...
já ele ia para apagar o cigarro...
vem um segurança apressado numa scooter.
célere, interpela-o, dizendo:
- o senhor está numa área em que é proibido fumar... é favor apagar o cigarro ou terei de o multar.
fazendo a "cara de mau nº3".
há algo de muito parecido entre mim e os meus amigos :
é que, quando nos dizem coisas deste género, por alguma razão, apetece-nos "desobedecer".
1º
o meu amigo não fazia realmente ideia que nos parques subterrâneos também é proibido fumar...
o que, como é óbvio, pode realmente comprometer a pureza do ar.
2º
não lhe ocorreu que a tal "buzinadela infernal" que ouvira (algo que se pode designar como "poluição sonora" num ambiente como aquele)... era de um cidadão exemplar e preocupado com a saúde pública que o viu atravessar uma das ruas a fumar e que... munido da sua mais recente "razão adquirida" procurou de imediato um segurança para se queixar.
3º
o meu amigo diz (e eu acredito) que, no momento em que é interpelado pelo segurança estava até "de bracinho estendido" (sic) para o cinzeiro, que ainda ali se encontrava colocado... o que, para ele, tinha toda a lógica... para se apagarem os cigarros antes de subir ao hiper no piso superior.
4º
o meu amigo entendeu e agradeceu o aviso por parte do senhor segurança em como estava, afinal, numa área "livre de fumo"...
de fumo... do tabaco, entenda-se.
5º
o meu amigo, pelo facto de que "estava até de bracinho estendido para o cinzeiro", não entendeu a necessidade de se dizer "é favor apagar o cigarro" - pois não há lógica em pedir a alguém que faça aquilo que ela, inequivocamente, VAI ou está a fazer !
e explicou isso ao senhor segurança enquanto aproveitava uma última "passa"...
6º
o meu amigo sentiu-se no direito de se rir na "cara de mau nº3" do referido senhor segurança quanto à última parte do aviso : "ou terei de o multar".
pois já não basta muitos seguranças julgarem-se polícias... agora julgam-se também ou em alternativa, fiscais da ASAE com "poderes" para multar.
7º
o meu amigo, que por acaso é pessoa muito calma e civilizada, tratou de explicar ao senhor segurança que... lhe agradecia o aviso (pois realmente não sabia e não quer ser infractor) mas que, realmente e naquele caso, o zelo do senhor segurança deveria ficar-se simplesmente por isso... pois o resto, era uma parte desnecessária e a outra parte aparentava ser usurpação de poderes.
8º
o meu amigo acha que o senhor segurança não percebeu esta última parte...
once upon a time…
… havia um gajo que acreditava que a vida, chegada ao nível de ter uma mulher bonita (e jeitosa), uma boa casa (e bem recheada) dois bons carros e um emprego onde ganhasse bem… além de uma conta bancária confortável, teria atingindo o seu cume e que, daí para a frente, era tudo uma questão de manter esse status.
a vida estaria “feita” e… mais electrodoméstico, mais "aparelhómetro hi-tec", mais PPR, mais uma ou outra festa… o futuro estava garantido.
tudo decorria maravilhosamente até que um dia… o gajo sentiu que lhe faltava “alguma coisa”… chateava-o que, apesar da muita experiência profissional acumulada e de desempenhar a sua profissão como poucos, era sempre um “gajo de 2ª” por não ter a tal coisa do “canudo”, etc… o que, claro, se repercutia também no que ganhava.
então… um dia decidiu-se, procurou uma solução para o seu caso e… voltou a estudar.
não foi fácil, já não era “miúdo” nenhum, descobriu que todas as formações “oficiais” que tivera de nada valiam (puras “tretas” para alguém sacar fundos à U.E.), teve de repetir velhos anos de escola para conseguir nota, fez autênticos malabarismos para iniciar um curso… tudo feito enquanto trabalhava e tentava manter a vida que tinha.
evidentemente que, conforme mais avançava, mais as coisas se adensavam e mais exaustivas se tornavam.
estava menos tempo em casa, percebeu o quão oneroso é estudar em Portugal e as despesas aumentaram, o esforço para trabalhar parecia-lhe agora muito maior.
onde tirava o curso sentia-se “aluno de 2ª”, ouvindo muita vez comentários que mais o incitavam a desistir do que a resistir… na empresa onde trabalhava começou a ser criticado por “baixar de rendimento”, o que era falso e só havia surgido depois de descobrirem que tentava tirar aquele curso… desistira de algumas actividades de que muito gostava para libertar tempo para o estudo ou para a esposa… conteve radicalmente as suas despesas pessoais, as “miudezas” que lhe davam gosto…
mas, o pior, foi o aumento gradual da pressão da esposa para que abandonasse os seus intuitos ! foi o mais difícil de “engolir”…
pois era por ela, também, que ele se lançara naquele desafio.
e agora, era acusado de só pensar em dinheiro e de o colocar em primeiro plano, ao mesmo tempo que era também acusado de fazer baixar o nível de vida do casal, de faltar em casa, de estar a afastar amigos, de estar a desfazer a vida social do casal, etc…
só mais tarde veria o contraditório que essas queixas encerravam.
era verdade que, agora, tinham de contar o dinheiro com mais rigor, que não saíam com a frequência anterior, que entre trabalho e estudo ele pouco estava em casa e que, em virtude disso, os amigos já só raramente eram recebidos lá em casa, assim como pouco iam a casa de alguém.
mas… ele continuava a amá-la, fazia os possíveis por agradá-la e dar-lhe atenção, o sexo não lhes faltava e… no geral, achava que a sua vida continuava com a mesma qualidade de antes… apenas mais comedida.
considerava que ela era das melhores mulheres ao de cima da terra, que apenas estava um pouco receosa daquela mudança tão desgastante na vida de ambos, alarmada com os obstáculos que entretanto (e surpreendentemente) se haviam levantado à iniciativa dele… que tudo se haveria de resolver, como sempre haviam resolvido.
para mais… não podia desistir… não agora… estava a meio, se haviam resistido ao início e até ali, haveriam de resistir a tudo.
naquela altura… tinha economias que lhes permitiriam resistir uns 6 meses, mesmo que as coisas corressem da pior forma possível.
desde que continuassem no seu nível de vida… não seria economicamente que receariam os tempos mais próximos.
foi com surpresa que ouviu a esposa queixar-se de que “tinha ela” de arranjar um emprego, que a vida de ambos se estava a “degradar” e imensas outras coisas pouco agradáveis.
falaram demoradamente sobre isso, fizeram “apanhados” do que até ali sucedera e etc, mas, ela insistiu em voltar a trabalhar.
ele nunca se opusera (ou se oporia) a que ela tivesse um emprego e… se assim ela achava que a vida de ambos melhoraria, por ele, tudo bem.
arranjou-lhe até um emprego numa empresa cliente da empresa em que trabalhava.
as coisas pareceram estáveis durante uns tempos até que as suas “faltas em casa” aliadas a uma traição dele, feita anos atrás, foram mote para recriminações e desconfianças cada vez mais constantes, cada vez tão mais disparatadas quanto ofensivas.
a custo, conseguiu lidar com tudo isso durante longos meses, mas… esse ano estava destinado a ser-lhe negro.
a morte de um familiar a quem amava quase como "um pai" destroçou-o e durante largos meses tudo em seu redor sofreu bastante com esse facto – não tinha paciência para as cenas da esposa, nem dos seus “chefes” idiotas e já nem no estudo encontrava alegria.
poucas pessoas o entenderam nessa altura e… a esposa não foi uma delas.
em seguida, um episódio desagradável ocorrido na empresa foi-se insinuando e corroendo o seu estatuto lá…
com uma mera promessa de um amigo para uma outra empresa, apresentou a demissão, tendo ficado dois meses sem emprego.
mais uma vez… poucas pessoas teve a seu lado e mais uma vez teve a oposição e a incompreensão da esposa.
o ano do curso estava, literalmente, perdido !
uma noite, de regresso a casa despistou-se, desfez o carro, esteve três dias em coma…
ainda em convalescença teve de lutar com invenções de “tentativas de suicídio” que convinham a companhias de seguros e foi contra indicações do médico que se apresentou ao serviço na empresa do amigo…
poucos dias depois um outro amigo, de longa data, suicidava-se por não suportar mais a doença terminal de que padecia há uns anos… ironicamente, ao mesmo tempo que descobria que a mulher o vinha atraiçoando em várias ocasiões com diversos homens.
pediu à mulher que saísse de casa (sim, “pediu”)...
não a podia nem ver !…
em poucos meses tornou-se um “bicho”, que trabalhava do levantar ao deitar, que se tornou psicologicamente dependente da medicação, que hostilizou “meio mundo” em seu redor, incluindo um dos seus amados irmãos…
os problemas caíam-lhe em cima com tal frequência, com tal diversidade e com tamanha voracidade, uns por verdadeira “abutricidade”, outros por seu desleixo ou má reacção que, se não fosse um Amigo com um coração enorme e muita sapiência em leis… teria sido disputado aos pedaços.
a esposa pediu-lhe para regressar a casa, pediu-lhe perdão, prometeu-lhe ajuda…
na verdade… apesar de tudo, continuava a amá-la, sentia a sua falta e ainda a achava a melhor mulher que conhecera na vida.
mais uma vez… pouca gente o compreendeu, pouca gente o apoiou, muita gente o difamou e muitos “amigos” desapareceram nessa altura… “não era de homem, era corno e gostava” e muitas outras pedradas nos seus telhados de vidro…
contra tudo e contra todos, recebeu a mulher de volta…
ela pedir para voltar no pior momento da vida dele, amoleceu-lhe o coração, fê-lo querer “descansar” pondo coisas para detrás das costas, nem sequer questionando nada em demasia, não a recriminando, nem sequer tentando perceber se a perdoava ou não… apenas, não queria falar nisso, queria pretender que nada sucedera.
por iniciativa sua, vendeu alguns bens da casa para enfrentar dívidas que se haviam acumulado (algumas surgidas como que por magia), interrompeu o curso por mais um ano, tentou relativizar o seu casamento, investiu forte no seu novo emprego, fez as pazes com o irmão, tentou reequilibrar-se…
o tempo aparentava ter voltado ao velho compasso, ainda que os tempos seguintes tenham sido nebulosos, confusos, indo de extremo a extremo, da dormência da monotonia à demência do bizarro, em todos os aspectos da vida.
quando voltou a estudar… foi de forma muito diferente da primeira vez… quase sem condições algumas, de mente confusa, saltando de sacrifício em sacrifício e… não fosse o apoio do seu novo patrão (não propriamente da firma, mas sim daquela pessoa especificamente) tudo teria ruído novamente !
o tempo passou…
com o curso praticamente terminado, percebeu que, se quisesse ir mais além… teria de fazer novos sacrifícios, de pedir e aceitar mais favores.
mais uma vez, a sombra da morte apanha-o de surpresa… um avô e a sua madrinha morrem com intervalo de uma semana, de formas inesperadas e mais uma vez se sente destruído por dentro.
coincidência ou não, uma mazela insuspeita deixada pelo acidente leva-o de volta ao hospital em risco de vida e, como se costuma dizer, é por milagre que sobrevive.
a conclusão do curso fica adiada e novas descobertas de infidelidades da esposa tratam de “acabar” com o que resta.
tudo ao mesmo tempo…
um processo violento em tribunal, o processo de divórcio e duas “leituras de testamento”, do avô e da madrinha, que deixa quase inteiramente nas mãos do Amigo.
anda completamente “desvairado”, só quer trabalhar, “demitir-se” de tudo o mais e que o deixem em paz.
aí… comete demasiados excessos e o que lhe vale é ter um Amigo realmente íntegro, que lhe suporta a irascibilidade e mesmo a estupidez, que o confronta com sabedoria e o (re)orienta… que lhe trata do divórcio em tempo recorde, “segurando pontas”, adiantando aqui e atrasando ali, cortando vazas a oportunistas e assegurando-lhe o melhor interesse.
ora danado, ora desenraizado, ora alheado… é como um “autómato” que comparece às obrigações que o Amigo lhe marca.
tudo lhe é confuso, hipócrita, agressivo, calculista, chantagista…
até que finalmente, no espaço de uma semana, “cai em si”, toma noção da reviravolta radical na sua realidade.
está só, divorciado, com dívidas consolidadas, com emprego, com um curso quase terminado, com duas heranças na mão… com três amigos de verdade e a família a apoiá-lo.
foi como se um elevador que subia lenta e inexoravelmente se tivesse despencado subitamente no chão… como se tivesse descido um silêncio por sobre todo o mundo.
mas algo não batia certo…
as únicas coisas que lhe ocorriam eram, que podia acabar o curso como entendesse, sem mais críticas e recriminações e… que apenas desejava que o deixassem em paz.
não sentia porém, no seu íntimo, nenhum júbilo por essas coisas, dava por si a chorar em silêncio, sem razão aparente, sem saber se era pelas venturas ou pelas desventuras – simplesmente, sentia-se... a chorar de repente.
o seu novo patrão, surpreendentemente, dedicou-lhe uma tolerância e uma compreensão que, como “patrão”, não lhe incumbia e… acabou tornando-se um amigo.
um amigo que, muito honestamente, ele não merecia naquele momento, que indubitavelmente Amigo se tornou ao persistir nele e por ele.
a sua vida profissional (o seu desempenho principalmente) era uma manta de retalhos que ele “mantinha”… não “desenvolvia”, estava longe de ser bom profissional.
mas… ia-se recompondo e ia compensando.
já por oposição, a sua vida afectiva descia pelo cano abaixo, restringindo-se apenas aos familiares mais próximos e quase por “obrigação”.
depois de vários meses literalmente “monásticos”, enveredou pela vida nocturna totalmente desregrada… álcool em cascata, sexo de qualquer forma e feitio, umas “drogazitas” leves só para “brincar”…
descobrir que o seu melhor amigo desde a infância, quase um irmão, lhe havia também andado a “comer a esposa arrependida”, já depois de ele a aceitar de volta, no próprio leito “conjugal” e até mesmo enquanto estivera no hospital… foi como ligá-lo a um reactor !...
sentiu-se o ser humano mais “fodido” do planeta, a quem toda a gente sodomizava e defecava em cima de seguida!...
mulheres… eram todas putas ; homens… todos uns filhos delas ; amigos… eram uma miragem…
mergulhou em ódio, em raiva, em auto-comiseração… foi hipócrita, cínico, hostil, pelo puro prazer de assim se sentir, do poder em o ser... de se vingar, não importava de quem...
desapareceu de junto da família, dos verdadeiros (poucos) amigos…
amigalhaços eram às resmas, mulheres aos cachos, álcool, drogas e sexo em catadupa, ia da “noite” para o trabalho, passando pelo duche e pelos comprimidos.
era um suicida latente que rosnava como um doberman a quem disso o avisava...
uma manhã soalheira… acordou novamente em cama de hospital.
a primeira pessoa que viu, foi a mãe… e a pior dor que sentiu, foi vê-la com um ar de cadáver !
[ º º º ]
tempos depois, provavelmente numa outra manhã mas de luz leitosa…
acordou em casa, num silêncio absoluto...
tinha o seu almejado curso tirado com o seu esforço e não com facilidades dadas por heranças… tinha o emprego que “amigo/patrão” lhe segurara, tinha dele também a proposta para um novo emprego mais aliciante… tinha uma família firme e três crianças maravilhosas… tinha poucos amigos mas bons, um dos quais um autêntico paladino… tinha o corpo curado… tinha bens e dinheiro.
e muito importante… tinha a sua auto-estima !
estranhamente… sentiu alegria por ter sido um “merdas”.
e resolveu fazer de si aquilo que sempre havia querido ser, fazer as coisas que sempre havia querido fazer e a vida que merecia e que devia ter.
talvez tudo isto, pensarão vocês, desse um bom filme…
talvez um melodrama daqueles à Bollywood ?!...
...okay, poderá ser… mas arranjem outro “actor”, que este gajo não quer reviver o papel !...
quer viver e isso… é sempre para a frente, sem fitas !
adaptação de fotografia de Chris Howells
nem tudo se consegue apenas porque se tem dinheiro…
mas muita coisa se consegue se tivermos coragem em vários aspectos !
se temos quem pareça apostado em destruir-nos a vida…
temos de prestar atenção e dar o devido valor a quem nos quer ajudar.
se ficarmos encerrados em vitimização…
acabamos realmente vítimas, mas de nós próprios !
se por cada mal que nos fazem,
quisermos honestamente fazer um “bem” a alguém…
ao invés de apenas arquitectarmos vinganças e desprezos…
se conseguirmos voltar a gostar de nós próprios…
se conseguirmos voltar a aceitar a mão de alguém…
conseguiremos voltar a acreditar em muitas coisas
de que, realmente, não podemos prescindir !
inevitavelmente iremos crescer, amadurecer e viver !
“sobreviver” é um estágio… não um fito, esgotado em si próprio !
porque muitas das vezes em que achamos que “perdemos a vida”…
é apenas sinal de miopia...
de nem sequer olharmos ao nosso redor...
e de cedermos ao “já não acredito” !
talvez que o melhor voto que vos possa dedicar,
neste ano novo ou em qualquer outro, seja tão simplesmente…
que acreditem em vocês próprios.
este artigo é para todos vós…
que aqui me vêm ler com assiduidade e que,
de alguma forma, sinto gostarem de mim.
mas peço-vos que não me entendam mal...
por vir a fazer algumas dedicatórias.
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