a propósito disto :
e quanto a ti sextrip....preferes as morenas né? LOOL
sextrip :
sou o epítome do tratado científico sobre a atracção do capilar.
as loiras atraem-me imenso, nos primeiros momentos e tal mas... acabo sempre a dar-me com morenas.
lembrei-me disto :
já vai algum tempo desde que estive na última festa de sociedade, como antigamente se chamava.
não é o meu ambiente pois que, no fundo, continuo a ser um bruto que veste bem, o que em nada se coaduna com as delicadezas hipócritas, levianas, coquetes, etc, que caracterizam aqueles acontecimentos sociais.
deve ser o ambiente mais fútil ao de cimo da terra, logo a seguir às passagens de modelos… das quais, no fundo, não diferem muito.
ver um ministro todo “derretido” só por estar à conversa com uma socialite qualquer, por exemplo, faz temer mais pelo futuro de uma governação do que uma ameaça de taxa ecológica sobre sacos plásticos.
fui a algumas, sempre como convidado de alguém ou como substituto de alguém, sempre numa toada semi-profissional e nunca por vontade própria… o que faz com que seja aquele género de personagem que vemos nos filmes… que deambula entre o bufete (ai perdão, buffet) e a varanda ou jardim… personagem que, se olharmos bem, tem a frase “não estou aqui a fazer nada” escrita na testa.
é que, nestas coisas, um gajo nem está “em funções” nem está a divertir-se – após meia dúzia de contactos e outros tantos esgares vagamente parecidos a sorrisos transforma-se no (a)típico “verbo de encher”…
ir logo embora far-nos-à parecer uma versão finíssima do mensageiro da DHL… há que aguentar um bocado.
alguém ligado à organização (raramente o anfitrião ou ã) vem, de quando em quando, perguntar-nos se estamos a gostar da festa, com ar de quem nos vai perguntar em seguida pela mulher e pelos filhos (mas que nunca o faz).
a sua função é simplesmente garantir que não nos vamos dali a dizer que foi uma seca completa ou coisa pior…
basta dizermos que “sim, está excelente” e não nos voltam a perguntar mais nada durante, pelo menos, uma hora… (se dissermos “é a melhor festa dos últimos dez anos” recebemos um sorriso ainda mais cintilante e ficamos com um despacho que dá para a festa toda)
nestas festas os convites são bastante rigorosos (entrar à socapa… isso é só nos filmes).
os prime (VIP’s, excelence, platinum, whatever…) podem levar dois ou três acompanhantes… os executive (as meias águas…) podem levar um acompanhante, desde que bem referenciado com antecedência… o tout-venant (como eu) nem pensar !!!... que já é “muita sorte” ali estarmos a fazer “moldura humana”.
mas… se à última hora, mesmo eu, aparecer com uma super-top-model deslumbrante ou com um “alto dignatário” (de fashion-designer para cima, portanto) não há qualquer problema.
um ligeiríssimo e muito discreto controle à entrada e “vai nas horas”…
foi o que aconteceu nessa última vez.
um geriatric playboy qualquer trouxe uma bomba morena para a festa.
o rapazinho (o velhote…) bem se fartou de frisar que já estava no seu LearJet de regresso a Lisboa quando teve a fenomenástica ideia de convidar a moça, mas… na verdade, já a quase totalidade da festa estava hipnotizada pela morena e ninguém lhe "passava cartão"!!!
eu... não fazia a mínima ideia de quem ela fosse.
sei apenas que também fiquei hipnotizado !... pela beleza, pelo corpo, pela aura, pela presença… que durante longos minutos deleitei a vista nela, que a achei a morena mais bela que vira em toda a vida.
só que… o meu deleite era constantemente estorvado.
o que acontece nestas alturas é deveras indescritível… com toda a gente, mais ou menos discretamente, a querer “dar uma palavrinha” à inesperada cereja no topo do chantilly.
(bom… também há quem se dane com a súbita concorrência, mas isso é outra conversa…)
apesar do muito “disfarce”, garanto-vos que é simplesmente cómico-ridículo apreciar todo o “circo” de expressões e de linguagens corporais que semelhante situação gera !
parecem pombos de roda de um bolo de arroz !...
(não sei porquê a analogia, achei-a gira)
cada um tentando fazer uma gracinha mais gracinha que a anterior, até que tudo aquilo resulta algo “constrangedor” até de observar.
os prime não “correm” para lá… arranjam quem os apresente e normalmente não são interrompidos nos seus “bate papo”.
há quem ande num afã a procurar saber “quem é” e mais alguns “dados”, para depois poderem fazer figura de “grande admirador”, quando e se tiver chance de lhe chegar à fala.
entre uma coisa e a outra… lá o pobre playboy continuava a tentar recolher os louros de ter sido ELE a trazer semelhante fêvera para o churrasco…
acreditem… é a melhor conjugação das cenas mais tristes que se podem observar em seres humanos !
(se exceptuarmos as reuniões de “vendas em pirâmide” ou de “time sharing”, claro…)
não imagino como será sermos assim o centro das atenções, nem invejo !
eu… só queria continuar a apreciar aquela bela mulher, mas, ia ficando cada vez mais difícil.
a última sensação que me transmitiu foi que a “simpatia plástica e elaborada” acabou por se sobrepor à natural e genuína que trazia à chegada.
pouco depois o sururu acalmou, eu saí do hipnose e, entre um ou dois cumprimentos, lá voltei ao meu deambular… até me deter por longos minutos na varanda, beberricando no meu champanhe (ai, perdão… na minha flute de Moët).
e eis que… ela aparece também na varanda.
admito que… o meu coração pulou !...
(e armado em parvo desatou a galope pelo jardim afora…)
o meu cérebro contudo, sempre pragmático, gerou o pensamento “olha agora… queres ver que isto é uma cena à 007 ???”, o que me fez sorrir.
(o meu cérebro faz-me sempre sorrir...)
mas o idílico fantasioso da coisa foi muito breve.
pois logo atrás dela vieram dois senhores muito bem apessoados, dispostos a cobri-la de atenções, que apontavam para ali e para acolá e mais blá blá blá…
depois… lá veio o dono do LearJet com um casal e mais um senhor conhecido na política nacional… e mais um... e mais dois...
sei que é de “bom tom” não ficar por ali plantado quando estas coisas sucedem, mas… os meus “bons tons” tinham-se dissolvido no Moët.
ainda que já me tivesse decidido a abandonar a festa (duas horas de representação, é o mínimo aceitável), resolvi dar uma de emplastro.
voltar a observar aqueles gajos fez-me pensar naquela cena do Shrek, em que o burro dá saltos e pede “escolhe-me a mim, escolhe-me a mim…”.
mas… aproveitei foi para me deslumbrar de novo com aquela visão !...
porém… depois das “ciceronices”, voltaram para dentro.
e foi quando…
ela olhou para mim…
e me sorriu…
tremi !
mas devolvi-lhe o sorriso e ergui um pouco a flute em jeito de cumprimento…
o que a fez alargar o sorriso.
depois… desapareceu de vista, levando a “comitiva” atrás.
(um ligeiro latejar dentro da minha cabeça fez-me desconfiar que… ou estava com uma febre súbita, ou os meus “eurónios” tinham-se embebedado com vinho barato do mini-preço e brincavam com reco-recos…)
mas gostei de ficar uns últimos minutos a imaginar que o meu simples cumprimento havia transmudado por segundos o sorriso plástico barbieano naquele outro, mais largo, espontâneo e simples.
e pronto… foi o meu “cruzar à distância” com uma das morenas mais belas (e apetecíveis) do planeta !
que só mais tarde vim a saber que é Israelita, é modelo, apresentadora de rádio e tv... e que se chama Moran Atias.
(o que é um nome horrível... mas que soa divinal nela !!!...)
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