Não é o único problema. Além do sofrimento físico, a criança vê-se num ambiente hospitalar hostil e agressivo. “Num serviço de cirurgia geral não há um peluche nem um ambiente infantil, o que deixa marcas psicológicas profundas para toda a vida”, sublinha o cirurgião.
Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.
Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e
Na
O Hospital D.
o que não se leu no Correio da Manhã :
« Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.»
o Hospital de Dona Estefânia há várias décadas que tem uma UCIP (Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos) a funcionar em pleno
(e tinha uma unidade para queimados).
como é que o cirurgião entrevistado desconhece a existência dessa UCIP é um enorme "mistério" !
quanto à "situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha" já se falará mais à frente.
« Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e em funcionamento.” »
exacto… fechou para “remodelações” !!!...
o seu pessoal, entretanto, foi “integrado” noutros serviços – enquanto se iriam fazer as tais “remodelações”.
depois… começaram-se a formar, arbitrariamente, profissionais de outros serviços em “queimados”, o que começou a levantar suspeitas e desagrado entre o pessoal.
a isto começou-se a chamar “equipa multidisciplinar”…
(e é-o sim !... compulsivamente ! )
só mais tarde se revelou a verdade... a Unidade para Queimados encerrou e os queimados passavam a ser tratados por essa "equipa multidisciplinar" na UCIP.
ou seja, como é "hábito" em Portugal, as verdadeiras intenções foram escondidas desde o princípio, inventaram-se "desculpas" e "razões" e foi-se caminhando dissimuladamente para o fim pretendido.
quando as coisas ficam definitvas... já não há remédio, que se há-de fazer ?!?!? certo ?
o que um estratagema deste calibre faz a um ambiente de trabalho e do esforço que os profissionais fazem para que esse desagrado não passe para os doentes e familiares de nada interessa a quem está na base deste tipo de actuação !
« Na opinião do cirurgião, Portugal devia ter, pelo menos, três UCI pediátricas: uma no Porto, outra em Coimbra e outra em Lisboa. »
e o cavalheiro insistia !
EXISTE UMA UCIP NO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA !!!
porque razão, uma reportagem televisiva que abordava os “principais serviços do Hospital de Dona Estefânia” omitiu grosseiramente a existência dessa UCIP é também um grande “mistério”.
porque é que os protestos dessa unidade por ter sido IGNORADA nessa reportagem nunca tiveram nenhuma repercussão é outro “mistério”.
talvez porque a estação televisiva que fez a reportagem tivesse sido barrada por profissionais dessa UCIP quando tentava obter notícias sencionalistas passando por cima de toda a ética !?… é apenas uma ideia... apenas uma ideia.
porque é que andaram a sobrecarregar o Hospital de Santa Maria com crianças doentes que deveriam ter sido orientadas para a UCIP do Hospital de Dona Estefânia é outro “mistério” !!!
talvez que os esforços de uma médica tenham evitado que a UCIP do H.D.Estefânia tenha encerrado para… “remodelações”... e frustrado os planos de alguém.
qual é o interesse em fazer crer que não existe uma UCIP no Hospital de Dona Estefânia ?!?
« O Hospital D. Estefânia esclarece que fechou a Unidade de Queimados, em Junho de 2005, por falta de condições de segurança. Embora sem unidade, os queimados são tratados pela mesma equipa multidisciplinar. Em caso de falência de órgãos, as crianças são internadas na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, recorrendo a isolamento se for necessário. Em 2004 foram tratadas 145 crianças queimadas, no ano seguinte 101, em 2006 passou--se para 146 menores eeste ano, até Setembro, tiveram tratamento 96. »
afinal… não eram “remodelações”… eram “falta de condições de segurança”.
tanto falso nome para “ordens superiores para cortes nos custos” !...
o Hospital de Dona Estefânia tem, inclusive, uma cama automática para tratamento de grandes queimados, que se julga senão a única, das poucas existentes no país – e isto não é dito em parte alguma.
a notícia “estrondosa” da criança queimada que a "Estefânia recusou" e que foi ser tratada em Espanha, que tanta polémica levantou e que levou até o snr. Ministro a ir dar explicações à televisão... foi mais uma manobra para denegrir aquele Hospital… nada mais !
(hoje em dia... grávidas terem de ir parir a hospitais espanhóis porque lhes fecharam as maternidades em Portugal já não é "grave" nem "escandaloso" - a mudança dos tempos e das vontades é extremamente rápida neste país !!!...)
o Hospital de Dona Estefânia trata queimados com regularidade e tem uma UCI P !!!
tudo isto são manobras para sugerir que o Hospital não tem valências nem capacidades para tratar estes problemas.
de quem exactamente ???…
que cada um puxe pela cabecinha e que comece a ler nas entrelinhas.
um hospital pediátrico que não tenha estas capacidades… é obsoleto, está caduco e está pronto para ser encerrado, vendido, demolido… não é ?!?
que conveniente !!!
agrada-se a uns (que terreno enorme aquele...), "desenrrascam-se" outros com uma valente maquia em dinheiro (até se diz que para pagar o hospital novo - que intuito meritório) e que se lixe uma herança... pois aquele hospital foi oferecido a um País e a um Povo... não a um governo qualquer !
uma amiga,
depois de uma longa conversa,
passou-me esta "incumbência"…
que assumirei com todos os meios que conseguir reunir !
o Hospital de Dona Estefânia, nosso único hospital dedicado exclusivamente à pediatria em Portugal, vem sendo de alguns anos a esta parte ameaçado de “fecho”.
aparentemente, as administrações anteriores, assim como os directores dos serviços e praticamente todo o pessoal que ali presta os seus serviços não desejam esse fim para o hospital nem concordam com as razões que têm vindo a ser apontadas para tal “necessidade”.
afim de lutarem contra pseudo auditorias “encomendadas” por governos anteriores, que davam o hospital como “sem condições”, conseguiram uma Acreditação de Qualidade, atribuída por uma das autoridades mais rigorosas da Europa.
esta "luta silenciosa", segundo me diz a minha amiga, já vem a acontecer desde o ano 2000 (ou talvez mesmo antes) e têm sido orquestradas manobras difamatórias ao Hospital, de forma a denegrir a sua imagem junto do público.
contudo… parece que essa Acreditação não tem qualquer valor para o actual governo, que se apresta a proceder ao fecho do hospital e a “substituí-lo” por um piso no futuro hospital de Todos os Santos.
a minha amiga também me elucida de duas coisas “interessantes” :
uma delas diz respeito a interesses imobiliários que há muito se movimentam na sombra, com os olhos postos naquela “apetitosa mancha de terreno” bem no centro de Lisboa e fala-se em surdina num multimilionário projecto para condomínio fechado.
a outra é que, quando alguém aborda este assunto, surgem imediata e muito convenientemente acusações de “obcecados com teorias da conspiração”…
seja como for… surgiu um blogue que tenta deitar alguma luz sobre tudo isto e que pede a colaboração e o apoio de quem a isso esteja disposto… assim como uma petição contra o “fecho” do Hospital de Dona Estefânia, que agora também aqui divulgo.
tudo indica que… os profissionais que servem neste Hospital andam manietados na sua liberdade de expressão e que os seus cargos correm perigo de represálias por manifestarem o seu desagrado e discórdia por todo este processo !
eu não fazia ideia desta situação… pois não tenho filhos e os meus sobrinhos são, felizmente, muito saudáveis nunca tendo necessitado de recorrer a este Hospital, mas… por via de outras pessoas tenho uma excelente imagem dele !
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/petition.html
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
---< O CASAMENTO >---
debaixo da ditadura de Sextrip
- boa tarde... olhe, eu quero saber o que é preciso para casar.
- boa tarde... com certeza... diga-me a sua idade por favor.
- 19 anos.
- casamento... hetero ou homossexual ?
- (meio surpresa) hummm... hetero !...
- com certeza... a senhora estuda ?
- sim, sim... estou a tirar licenciatura em química lacto-ovóide-caprina, 2º ano...
- ah, excelente escolha... com boas saídas futuras - então... temos o seguinte:
nº 1 - a senhora tem de acabar primeiro o seu curso : como compreenderá, ser-lhe-á mais fácil fazê-lo enquanto solteira, pelas mais diversas razões, mas também (e muito importante) está a investir em algo que lhe permitirá a sua auto-suficiência profissional no futuro, seja em que condições forem.
acredite que é um "compasso de espera" que valerá a pena sob qualquer perspectiva.
ora isto... (cantarolando)... 5 anos de curso... portanto aponta para os seus 22 anos... certo ?
- ... (ela fazendo que "sim" com a cabeça...)
- ora, passamos ao nº 2 - nesse entretanto...
- o senhor acha que 3 anos são um... "entretanto" ?!?
- oh sim, minha cara senhora !!!... digo-lhe mesmo... 3 anos não são coisa nenhuma !...
continuando...
neste entretanto, dizia-lhe, a senhora deve, além do tempo dedicado ao estudo, conhecer o maior número de pessoas possíveis, viajar o mais que...
- eu não quero conhecer o maior número de pessoas possíveis... eu só quero o meu namorado, quero saber se ele é o meu "Mr. Right Guy"...
- minha querida senhora... não digo o contrário, nem me atreveria.
mas em boa verdade... só saberá se ele é "candidato a Mr. Right Guy" se conhecer bastante gente para saber exactamente os "right" que lhe interessam a si, no "guy".
ele deverá fazer o mesmo, compreende ? ele também andará à procura da "Miss Right Girl", não será assim ?
e não me refiro a apenas conhecer outros homens, nem sequer a relações românticas nem sexuais.
simplesmente... conhecer o maior número de pessoas possíveis, de ambos os sexos, com vidas diferentes... seja conhecendo os problemas dessas pessoas, seja divertindo-se com elas... passando bons momentos, etc...
- mas eu gosto é de estar com ele !!?... eu amo-o !...
- mas perfeitamente !!!... não invalida... vão conhecendo as pessoas juntos... mas, com os eventuais momentos a sós que vos apeteçam, por exemplo... olhe que é algo excelente de ensaiar desde cedo.
mas dizia... viajar, ter experiências diferentes, etc.
- “experiências diferentes” ?!?!? que quer você dizer com isso ?!? (desconfiada)
- lol lol lol… minha querida senhora… descontraia… quero dizer simplesmente isso, sob qualquer aspecto que a senhora queira imaginar.
alguma vez fez Rapel ou Slide ??? não !? pois experimente… tem tempo livre, excelente forma física… vá em frente… sozinha ou com o seu namorado... sinta a adrenalina a correr nas veias...
sempre quis fazer aquele cursinho de Ikebana ??? pois faça-o… sempre pensou em passar uma noite num deserto africano ??? pois vá !... contemple alternativas, faça daquelas coisas que são “uma vez na vida”, está a ver ?...
ou mesmo… conforme me pareceu que foi o que julgou que eu estava a sugerir, se gostasse de experimentar algo lésbico ??? pois experimente-o !... porque não ?!?...
- … (um pouco constrangida)
- são apenas exemplos, apenas exemplos… não fique assim, lol lol…
continuemos… nº 3... terá de nos preencher o formulário nº 8B para podermos aferir da preparação que recebeu dos seus pais com vista a um futuro casamento.
- os meus pais ?!?... mas que têm eles a haver com isto ?!?
- ah minha querida senhora... muito mesmo ! têm muito "a haver" acredite !
estão comprovadas as mais diversas relações entre os casamentos dos pais com os casamentos dos filhos... e nós precisamos de perceber em que "pé" estão os conhecimentos que lhe foram transmitidos, entende ?
- então... e se os meus pais não me passaram os "conhecimentos" que os senhores achem os melhores ??? vão presos, não ?!?
- lol lol lol... de maneira nenhuma !... não interferimos nisso, não dessa forma... mas poderemos dar algumas dicas aos seus pais, para que a ajudem nesta sua decisão… se eles assim o pretenderem.
com certeza que eles quererão que você vá bem preparada para um casamento, pois será o seu ideal de felicidade que estará em jogo, correcto ?
sabe... é que por vezes há pais que muito pressionam os filhos para que casem... tanto às raparigas quantos aos rapazes... quando no entanto, pouco ou nada lhes transmitiram.
nós simplesmente, precavemos isso !
aquilo que os seus pais não conseguiram transmitir-lhe, tentaremos nós fazê-lo.
é um género de cursilho... nada de muito complicado... tem até mais a haver com gestão económica, gestão de recursos, cuidados a ter com ingerências externas, etc... nada de muito complicado, não se preocupe.
há até quem, mesmo bem preparados pelos pais, requerem o cursilho na mesma.
sempre são mais uns pontos de vista, compreende ?
- estou é a ver que isto de casar afinal é mais complicado do que eu esperava.
- lol lol lol… não tanto quanto a vida… nem tanto quanto o amor, minha querida senhora…
ora vamos ao nº 4…
nº 4… o estágio.
- o quem ?!?!? o quê ?!
- o estágio minha querida senhora.
para poder casar, terá de viver com o seu namorado (ou namorados, como entender) durante, no mínimo, um ano… doze meses, 365 dias, lol…
no mínimo, conforme disse.
- ora essa !!?...
- sim, sim… tenho de lhe dizer que é condição prioritária… e bastante no vosso interesse, acredite.
ficou comprovado que, antigamente, a grande maioria dos conflitos e incompatibilidades surgiam ao fim de apenas 6 meses de casamento… que as pessoas fingiam não se aperceberem deles ou de se importarem com eles porque… já estavam casados, “já não havia nada a fazer”, talvez fosse assim que “deveria” ser, patati-patatá… está a ver ?
por vezes… as coisas mais irrisórias, mas que… originavam autênticas “bolas de neve” silenciosas e corrosivas.
nós simplesmente concluímos inequivocamente que, essas situações se desenvolviam porque as pessoas se sentiam obrigadas a um “contrato”, que se sujeitavam a elas por complexo social… perante pais, amigos, a sociedade em geral incluindo o estado.
a condição de viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha (são perfeitamente livres nisso) não veio erradicar tal, mas… garanto-lhe, minorou imenso esse tipo de situações.
- não sei se concordo com isso !... (contrafeita)
- lol lol lol… minha querida senhora… conforme lhe disse… viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha.
significa isso que… poderá declará-lo ao estado e cumpri-lo no mínimo grau a seu gosto ou imaginável – nós temos noção disso.
contudo, também conforme lhe disse, estamos convictos que esta condição é do vosso completo interesse.
bom… adiante…
ora, com todas estas andanças a senhora já deverá então estar pelos 25 anos, eventualmente com emprego, já terá a sua ideia (sua… vossa portanto) de como quererá experimentar o casamento.
estará na altura de marcar as “entrevistas”.
- mau !!!!... entrevistas ?!?... para quê ?!
- bom… é o nº5… e último, devo dizer.
o casamento, para nós, para o estado portanto, serve para além de oficializar o vosso envolvimento e relação… que bastante nos apraz, pois desejamos cidadãos felizes naquilo que decidirem fazer obviamente… serve também para estabelecer uma carta de direitos e deveres de e para com o estado.
certo ?... sempre assim o foi portanto… não tão declaradamente mas, foi !
logo… desejamos entrevistar-vos… perceber das vossas expectativas… noção do estado do país, perspectivas de futuro, noções de fidelidade mútua ou não, desejos de prole tanto de maternidade quanto de paternidade, etc… coisas muito gerais.
- pois a mim parece-me assim a modos que cusquice… a meterem-se na vida das pessoas.
- lol lol lol… de maneira nenhuma… são até entrevistas bastante informais e… que não serão obrigados a fazerem… podem optar por um inquérito por escrito que se resumirá às declarações necessárias por lei.
mas acredite… os nossos assistentes sociais são de uma experiência incrível, muito amigáveis e pacíficos, que vos podem dar sugestões insuspeitas e de extrema utilidade.
na verdade… estas entrevistas foram criadas precisamente porque no passado se concluiu que o estado se demitia por completo das pessoas num momento de grande tensão social como é um casamento ou era extremamente “frio” e distante no momento dessa decisão… mas cobrando na mesma, depois, os deveres aos cidadãos.
ora… se na verdade os cidadãos não estavam capacitados para essa tarefa… acabava toda a gente a perder, aumentavam as injustiças, os incumprimentos de parte a parte, enfim… a barafunda que se via.
e tanto assim é que… raramente os noivos se escusam a essas entrevistas.
- hummm… estou para ver !...
- sim… “estará para ver” até aos seus 25 anos… o que não é muito tempo, mas… também lhe permitirá formar uma ideia até… a nosso respeito.
- então e depois ?!?
- depois… depois o quê exactamente ?
- depois !… o que os senhores “depois” pretendem ?
- depois pretendemos que façam a vossa vida !... já não nos dirá respeito a forma como a projectam ou conduzem, não acha ? nós só pretendemos que as pessoas façam este, para nós, contrato de vida com o máximo de consciência… nada mais !
- hummm… vou ter de pensar.
- com certeza… esteja à sua vontade.
- e se… (pensativa)… e se eu resolvesse casar depois dos 25 anos… como era ? já seria uma pessoa "capaz" para casar ?! sem precisar de passar por estas coisas ?!...
- bom… critique-se este estado, ou não, por aquilo que ele entende… sim, já pode !
compreendo até o seu desagrado por esta medida.
nós sabemos que há pessoas que aos 20 anos têm tanta maturidade quanto outras de 30 mas… pretendemos garantir uma melhor qualidade de vida a quem não tem esse perfil e que necessita de alguns anos para tomar peso à vida, independente de certa influência familiar por exemplo, ou de pressões ditas sócio-culturais, etc… garantir por exemplo que as pessoas tenham o seu desejo de tirarem um curso também garantido e livre de pressões de qualquer género, etc.
olhe que há pessoas com 30 anos e mais que seguem este programa por sua própria iniciativa até…
- hummmm… acho isto tudo “muito bonito” !!!...
- lol lol… compreendo-a perfeitamente.
- … (?)… bem, okay, como disse, vou pensar… boa tarde e obrigado.
- disponha sempre… boa tarde.
o que há de mais utópico nisto...
... é que eu detesto ditaduras !
um amigo meu sai do carro a fumar, acompanhado pela irmã...
ouvem grande alarido com uma buzina, mas, não ligam...
momentos depois, já quase a chegar à entrada para o hiper...
já ele ia para apagar o cigarro...
vem um segurança apressado numa scooter.
célere, interpela-o, dizendo:
- o senhor está numa área em que é proibido fumar... é favor apagar o cigarro ou terei de o multar.
fazendo a "cara de mau nº3".
há algo de muito parecido entre mim e os meus amigos :
é que, quando nos dizem coisas deste género, por alguma razão, apetece-nos "desobedecer".
1º
o meu amigo não fazia realmente ideia que nos parques subterrâneos também é proibido fumar...
o que, como é óbvio, pode realmente comprometer a pureza do ar.
2º
não lhe ocorreu que a tal "buzinadela infernal" que ouvira (algo que se pode designar como "poluição sonora" num ambiente como aquele)... era de um cidadão exemplar e preocupado com a saúde pública que o viu atravessar uma das ruas a fumar e que... munido da sua mais recente "razão adquirida" procurou de imediato um segurança para se queixar.
3º
o meu amigo diz (e eu acredito) que, no momento em que é interpelado pelo segurança estava até "de bracinho estendido" (sic) para o cinzeiro, que ainda ali se encontrava colocado... o que, para ele, tinha toda a lógica... para se apagarem os cigarros antes de subir ao hiper no piso superior.
4º
o meu amigo entendeu e agradeceu o aviso por parte do senhor segurança em como estava, afinal, numa área "livre de fumo"...
de fumo... do tabaco, entenda-se.
5º
o meu amigo, pelo facto de que "estava até de bracinho estendido para o cinzeiro", não entendeu a necessidade de se dizer "é favor apagar o cigarro" - pois não há lógica em pedir a alguém que faça aquilo que ela, inequivocamente, VAI ou está a fazer !
e explicou isso ao senhor segurança enquanto aproveitava uma última "passa"...
6º
o meu amigo sentiu-se no direito de se rir na "cara de mau nº3" do referido senhor segurança quanto à última parte do aviso : "ou terei de o multar".
pois já não basta muitos seguranças julgarem-se polícias... agora julgam-se também ou em alternativa, fiscais da ASAE com "poderes" para multar.
7º
o meu amigo, que por acaso é pessoa muito calma e civilizada, tratou de explicar ao senhor segurança que... lhe agradecia o aviso (pois realmente não sabia e não quer ser infractor) mas que, realmente e naquele caso, o zelo do senhor segurança deveria ficar-se simplesmente por isso... pois o resto, era uma parte desnecessária e a outra parte aparentava ser usurpação de poderes.
8º
o meu amigo acha que o senhor segurança não percebeu esta última parte...
a propósito da “passagem de ano”
e dos “balanços de vida” que se fazem por estas alturas…
disseram-me ontem assim :
“ – vais-me dizer que não é estúpido que ande toda a gente a fazer balanços agora !? como se isso alterasse alguma coisa ou a malta faça aquilo que diz no ano que vem ! é tudo uma parvoíce…”
bem… lá vamos nós outra vez…
para além de continuar sem perceber muito bem esta mania de “deitar abaixo”, de desvalorizar, de criticar… num todo e indiscriminadamente… as coisas agradáveis, boas, úteis que temos e de que podemos usufruir…
... que mal poderá haver em fazer o balanço de um ano e desejar modificar coisas na vida ou no carácter ?!
... que há de “estúpido” em fazer-se um projecto, mesmo que ele depois não nos corra como imaginámos ?!
... que há de errado em fazer isso no momento de transição de um ano para o seguinte ?!
a sério… não entendo tanto criticismo acerca da situação !
em tudo se faz (deve-se fazer) um “balanço”.
desde a mercearia da esquina a qualquer dos bancos é feito um.
não vejo o porquê de não se fazer o mesmo com algo tão mais importante quanto o é a nossa vida !?
fazer um balanço sem lhe contrapor um projecto… é algo bastante fútil, pois fica –se apenas por metade e sem objectivo algum.
e todos os “projectos”, sendo apenas uma previsão em virtude de uma projecção, têm a sua percentagem de risco de insucesso.
o que, normalmente, é evidente e deve ser esperado...
se a maioria das pessoas imaginasse como é composto um plano de negócios (que não passa também de um projecto) não seriam tão críticas para com os outros ou mesmo para consigo próprias…
mesmo um projecto feito numa base objectiva e realista está condenado à partida a sofrer alterações, a fazer cedências e reconfigurações, etc… pois o imprevisto é uma variável gigantesca.
mas… sem uma linha condutora previamente projectada então… não se tem rigorosamente nada e o imprevisto não desaparece apenas por isso !
a altura do ano… mais uma vez e à semelhança de outra coisa qualquer… é a ideal.
poderia ser no dia 15 de Junho de cada ano, mas… não falando de outras condicionantes bastante valorizáveis, que diferença faria ?!... porque haveria o 15 de Junho de ser melhor, mais aconselhável , menos criticável que o 31 de Dezembro ?!....
necessitamos de um “momento” exacto, concreto, bem definido para fazermos um balanço… e não vejo melhor data, ou momento, que este !
logo à partida, por uma razão de lógica mais que evidente.
- aquele é um arrogante que diz não precisar de fazer “balanços” nenhuns !!!
óptimo para ele !... mas não sei se será “arrogante”.
- aquela desorganizada diz sempre que vai fazer isto e aquilo, mas nunca faz nada !!!
paciência !... problema dela… mas não sei se é “desorganizada”.
- aquele ali diz que faz balanços ao fim do ano e que lhe resultam, é um convencido !!!
ainda bem !... como poderei saber que é um “convencido” ?
e você, meu caro (minha cara), que aponta este tipo de atitudes… faz “balanços”, não faz… tem alguma linha condutora, ou não… é 100% carpe diem ou nem por isso… (?)
qual é a sua fórmula, diga-nos lá…
da qualidade (honestidade, objectividade, realismo, etc) dos balanços de cada um… não podemos saber, apenas podemos especular acerca de alguns casos que nos rodeiam ou conhecer os de algumas pessoas mais “chegadas” caso tenha isso qualquer interesse… e definitivamente, não podemos fazer da nossa opção pessoal a “bitola” para olharmos todos os outros.
julgar ser o centro do mundo não é item muito inteligente num “balanço”…
aliás... normalmente exclui essa necessidade.
Já agora…
BOAS ENTRADAS
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