solidão é um cesto com muitos e diferentes vimes.
donde… é bastante falho, senão tendencioso, atribuírem-se “culpas” exclusivamente a A, B ou C… ou, como muito costumeiramente, à “sociedade”.
a velhice, a doença prolongada ou a “deficiência”, interligadas ou não, são circunstâncias que levam as pessoas a solidões bastante nefastas… daquelas em que, muita vez, as próprias pessoas pouco ou nada podem fazer… que são “lançadas” nelas e que, apenas por sua vontade, muito dificilmente conseguirão contrariar.
em todas as outras, a meu ver e muito provavelmente, o indivíduo tem uma palavra a dizer.
e é sobre este “em todas as outras” que este artigo se vai debruçar.
poucos anos atrás, creio que no início do governo anterior, este pretendeu lançar uma campanha “contra a solidão”… em que, entre outras coisas, mais ou menos legítimas ou pertinentes, se sugeria algo subtilmente que seria o indivíduo o principal responsável, senão exclusivo, pela sua solidão e que lhe competia combatê-la.
que se pretendia incentivar este a lutar contra isso e etc…
tanto quanto sei (e me lembre…) a campanha nunca foi avante, ficou-se por dois ou três artigos nos jornais e motivou criticas da oposição e de várias individualidades.
“que a solidão é uma doença social e que não se a pode circunscrever exclusivamente à esfera individual” era, mais ou menos, a leitura que se fazia da oposição à campanha na altura.
se a campanha foi avante… deve ter ficado muito circunscrita pois nunca a vi em parte alguma…
bom… em parte, é verdade… não se pode deixar o indivíduo (neste caso, o solitário) encarregue… exclusivamente… de resolver o seu problema.
o mais certo seria, isso ir sobrecarregar-lhe o problema e servir como desagravo para todos os outros, inclusive do estado… o que também não parece muito legítimo nem honesto.
com sucessivos governos a pretenderem-se desvincular (senão, demitir) de tantas e tantas responsabilidades sociais… talvez seja compreensível que se desconfie das verdadeiras intenções destas campanhas… mas enfim…
contudo… em parte, também é verdade… que o solitário não está isento, nem de responsabilidade pela sua situação, nem de capacidade para a contrariar.
como em muitas outras chagas sociais… ninguém o conseguirá ajudar (por muita vontade que realmente tenha) se o próprio não der um primeiro passo… se não quiser ser ajudado.
por exemplo... quantos casos conhecemos de pessoas que, depois de um divórcio, se encerraram sobre si mesmas, que se afastaram da família e amigos, que se deitaram à cama dos rancores, das desconfianças, das mágoas e azedumes e que… agora, anos depois, finalmente ostracisados, se queixam de “solidão” ?!...
e é verdade… é inegável… estão em solidão e sofrem com isso.
também não é correcto apenas pensarmos o tradicional "quem fez a cama, que nela se deite" e muito provavelmente alguém as poderá ajudar.
mas… não podem querer comparar o seu caso, a sua solidão… à de um velho doente, “despejado” algures, abandonado por filhos e restante família, já sem amigos, com a morte rondando por perto !
( lamento puxar da comparação, mas… é verdade, não podem )
nem podem pretender que surjam anjos do céu para os erguerem do chão.
terão que fazer o seu esforço individual para contrariarem o seu estado… talvez mesmo, começando por perceberem a sua quota parte de responsabilidade na sua própria situação.
caso não lhes restem sequer forças para fazer esse “trabalho”... pelo menos... que façam saber da sua vontade em as reunirem… se alguém ou algo se dispuser a ajudar.
este “pouco” é, em tudo, preferível à vitimização do “coitadinho de mim, estou para aqui abandonado e ninguém me liga”…
muita gente, solitários em potência, não o são.
porquê ?!...
há muitas razões para não o serem… e há que perceber essas razões.
algumas não nos servirão a nós (só àquela pessoa em particular) mas outras… talvez nos tragam a diferença.
há quem… na ausência do afecto de uma companheira… se dedique mais à família,
que semeie e colha aí os seus afectos, por exemplo.
“é uma coisa diferente, isso é incompreensível”, poderão dizer…
será ?... ter-se-á assim tanta certeza disso ?
diria que há coisas bem mais incompreensíveis e que, no entanto, se procuram dar como certas… (são questões de perspectiva…)
ao invés de apenas desvalorizarmos outra pessoa porque “não é solitária” (o que em si é algo estúpido, diga-se – pois estaremos então a valorizar a solidão) ou a invejar-lhe simplesmente a vida que tem… que antes se preste atenção às formas como a combate, como a evita ou mesmo como a elimina.
por exemplo, antes de comentarmos a alguém, “mas sabes lá tu, o que é solidão !!?”… perguntemos a nós próprios que “raio de questão” é essa.
será a pessoa “menos válida” porque nunca passou por ela ?!
será boa… a solidão… para constar curricularmente na vida de alguém ?!
será que sabemos, de certeza, que a pessoa nunca terá passado por ela ?!
será que nos estamos a “valorizar” por sermos solitários ?!
será que pretendemos a nossa solidão como “mãe” de todas as outras ?!
há questões que, a serem colocadas, terão honestamente de levantar várias perguntas.
é comum dizer-se que uma das principais razões para a solidão é a “falta de afecto”.
é comum porque é verdade… é das razões a que acredito "maior".
principalmente quando a auto-estima é, para todos os efeitos, um afecto.
e em muitos casos, tudo aparenta, a ausência de auto-estima é causa suficiente para uma solidão.
poderemos dizer que… a falta de estima dos outros aniquila a nossa própria.
pode ser verdade… dependerá do indivíduo, das circunstâncias, etc.
mas também é outra verdade, que… se não tivermos auto-estima, dificilmente os outros encontrarão razão ou motivo para tê-la por nós.
se é que não nos transformamos em alguém "intragável" que induz o seu próprio campo de solidão...
há que pensar em todas estas questões !
depois... poderá um país, um estado, uma sociedade, pensar no seu papel em prevenir determinadas situações e no seu contributo para minorar a parte social da solidão...
porque acredito que a maior solidão que existe é aquela em que...
nos abandonamos a nós próprios… desafio-nos :
gostemos de nós próprios…
saibamos fazê-lo com humildade
talvez encontremos forças de que não suspeitávamos…
talvez que, mesmo lentamente, a vida se nos modifique.
O teu conceito.
Ou simplesmente aquilo que te ocorre no momento.
Vida: uma viagem – tudo o mais que diga é irrelevante.
Amor: inexplicável, incompreensível… mas é a essência do espírito humano – a ausência dele é a causa de todo o mal.
Casamento: um contrato (é estúpido que sempre apareça a seguir ao amor nestes “inquéritos”).
Dinheiro: (o que não é! o que não deve fazer!) um deus – comprar o espírito.
Homem: semente.
Mulher: terra.
Filhos: o único e verdadeiro legado que deixamos no mundo.
Família: raízes e barro…
Desejo: o motor mais potente que alguma vez existirá.
Profissão: fazer algo pelo mundo, pela vida… e ainda receber por isso.
Sucesso: corporizar um sonho.
Realização pessoal: é como a nossa sombra… tanto está atrás de nós, quanto à nossa frente… dependendo do sol.
Saúde: sem ela, nada se consegue fazer em boas condições – nada ! (parece que a malta esquece isto com frequência)
Internet: a maior janela que o homem já construiu.
Presente: acção.
Passado: tudo aquilo que somos.
Futuro: desconhecido… felizmente !
Política: algo que devia ser absolutamente inacessível a medíocres.
Portugal: (por favor não morras… lembra-te sempre de Viriato)
Sexo: a mais absoluta linguagem do nosso corpo e um dos mais poderosos catalizadores do espírito. (devia estar a seguir a “amor”, ao invés do “casamento”, ainda que não pertença a nenhum deles). sempre injustiçado no seu valor e importância, reflecte o medo mais incompreensível do homem: o medo à liberdade.
Arte: catalizador do espírito.
Opinião sobre o desafio em questão: interessante.
Passa o desafio a três pessoas da tua confiança. Não mais, não menos e dedica-lhes o pensamento que elas te façam ocorrer com mais frequência.
Não é o único problema. Além do sofrimento físico, a criança vê-se num ambiente hospitalar hostil e agressivo. “Num serviço de cirurgia geral não há um peluche nem um ambiente infantil, o que deixa marcas psicológicas profundas para toda a vida”, sublinha o cirurgião.
Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.
Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e
Na
O Hospital D.
o que não se leu no Correio da Manhã :
« Celso Cruzeiro desconhece as razões por que Portugal não tem uma UCI para crianças - situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha - sobretudo porque são dos grupos etários de maior risco de sofrer queimaduras graves, especialmente as que têm entre zero e quatro anos.»
o Hospital de Dona Estefânia há várias décadas que tem uma UCIP (Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos) a funcionar em pleno
(e tinha uma unidade para queimados).
como é que o cirurgião entrevistado desconhece a existência dessa UCIP é um enorme "mistério" !
quanto à "situação que em 2006 forçou a transferência de uma criança portuguesa para Espanha" já se falará mais à frente.
« Celso Cruzeiro sublinha: “Até há três anos só havia uma Unidade de Queimados pediátrica em todo o País, que funcionava no Hospital D. Estefânia. Fechou há três anos para obras de remodelação. Até hoje não se sabe porque é que ainda não está remodelada e em funcionamento.” »
exacto… fechou para “remodelações” !!!...
o seu pessoal, entretanto, foi “integrado” noutros serviços – enquanto se iriam fazer as tais “remodelações”.
depois… começaram-se a formar, arbitrariamente, profissionais de outros serviços em “queimados”, o que começou a levantar suspeitas e desagrado entre o pessoal.
a isto começou-se a chamar “equipa multidisciplinar”…
(e é-o sim !... compulsivamente ! )
só mais tarde se revelou a verdade... a Unidade para Queimados encerrou e os queimados passavam a ser tratados por essa "equipa multidisciplinar" na UCIP.
ou seja, como é "hábito" em Portugal, as verdadeiras intenções foram escondidas desde o princípio, inventaram-se "desculpas" e "razões" e foi-se caminhando dissimuladamente para o fim pretendido.
quando as coisas ficam definitvas... já não há remédio, que se há-de fazer ?!?!? certo ?
o que um estratagema deste calibre faz a um ambiente de trabalho e do esforço que os profissionais fazem para que esse desagrado não passe para os doentes e familiares de nada interessa a quem está na base deste tipo de actuação !
« Na opinião do cirurgião, Portugal devia ter, pelo menos, três UCI pediátricas: uma no Porto, outra em Coimbra e outra em Lisboa. »
e o cavalheiro insistia !
EXISTE UMA UCIP NO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA !!!
porque razão, uma reportagem televisiva que abordava os “principais serviços do Hospital de Dona Estefânia” omitiu grosseiramente a existência dessa UCIP é também um grande “mistério”.
porque é que os protestos dessa unidade por ter sido IGNORADA nessa reportagem nunca tiveram nenhuma repercussão é outro “mistério”.
talvez porque a estação televisiva que fez a reportagem tivesse sido barrada por profissionais dessa UCIP quando tentava obter notícias sencionalistas passando por cima de toda a ética !?… é apenas uma ideia... apenas uma ideia.
porque é que andaram a sobrecarregar o Hospital de Santa Maria com crianças doentes que deveriam ter sido orientadas para a UCIP do Hospital de Dona Estefânia é outro “mistério” !!!
talvez que os esforços de uma médica tenham evitado que a UCIP do H.D.Estefânia tenha encerrado para… “remodelações”... e frustrado os planos de alguém.
qual é o interesse em fazer crer que não existe uma UCIP no Hospital de Dona Estefânia ?!?
« O Hospital D. Estefânia esclarece que fechou a Unidade de Queimados, em Junho de 2005, por falta de condições de segurança. Embora sem unidade, os queimados são tratados pela mesma equipa multidisciplinar. Em caso de falência de órgãos, as crianças são internadas na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, recorrendo a isolamento se for necessário. Em 2004 foram tratadas 145 crianças queimadas, no ano seguinte 101, em 2006 passou--se para 146 menores eeste ano, até Setembro, tiveram tratamento 96. »
afinal… não eram “remodelações”… eram “falta de condições de segurança”.
tanto falso nome para “ordens superiores para cortes nos custos” !...
o Hospital de Dona Estefânia tem, inclusive, uma cama automática para tratamento de grandes queimados, que se julga senão a única, das poucas existentes no país – e isto não é dito em parte alguma.
a notícia “estrondosa” da criança queimada que a "Estefânia recusou" e que foi ser tratada em Espanha, que tanta polémica levantou e que levou até o snr. Ministro a ir dar explicações à televisão... foi mais uma manobra para denegrir aquele Hospital… nada mais !
(hoje em dia... grávidas terem de ir parir a hospitais espanhóis porque lhes fecharam as maternidades em Portugal já não é "grave" nem "escandaloso" - a mudança dos tempos e das vontades é extremamente rápida neste país !!!...)
o Hospital de Dona Estefânia trata queimados com regularidade e tem uma UCI P !!!
tudo isto são manobras para sugerir que o Hospital não tem valências nem capacidades para tratar estes problemas.
de quem exactamente ???…
que cada um puxe pela cabecinha e que comece a ler nas entrelinhas.
um hospital pediátrico que não tenha estas capacidades… é obsoleto, está caduco e está pronto para ser encerrado, vendido, demolido… não é ?!?
que conveniente !!!
agrada-se a uns (que terreno enorme aquele...), "desenrrascam-se" outros com uma valente maquia em dinheiro (até se diz que para pagar o hospital novo - que intuito meritório) e que se lixe uma herança... pois aquele hospital foi oferecido a um País e a um Povo... não a um governo qualquer !
uma amiga,
depois de uma longa conversa,
passou-me esta "incumbência"…
que assumirei com todos os meios que conseguir reunir !
o Hospital de Dona Estefânia, nosso único hospital dedicado exclusivamente à pediatria em Portugal, vem sendo de alguns anos a esta parte ameaçado de “fecho”.
aparentemente, as administrações anteriores, assim como os directores dos serviços e praticamente todo o pessoal que ali presta os seus serviços não desejam esse fim para o hospital nem concordam com as razões que têm vindo a ser apontadas para tal “necessidade”.
afim de lutarem contra pseudo auditorias “encomendadas” por governos anteriores, que davam o hospital como “sem condições”, conseguiram uma Acreditação de Qualidade, atribuída por uma das autoridades mais rigorosas da Europa.
esta "luta silenciosa", segundo me diz a minha amiga, já vem a acontecer desde o ano 2000 (ou talvez mesmo antes) e têm sido orquestradas manobras difamatórias ao Hospital, de forma a denegrir a sua imagem junto do público.
contudo… parece que essa Acreditação não tem qualquer valor para o actual governo, que se apresta a proceder ao fecho do hospital e a “substituí-lo” por um piso no futuro hospital de Todos os Santos.
a minha amiga também me elucida de duas coisas “interessantes” :
uma delas diz respeito a interesses imobiliários que há muito se movimentam na sombra, com os olhos postos naquela “apetitosa mancha de terreno” bem no centro de Lisboa e fala-se em surdina num multimilionário projecto para condomínio fechado.
a outra é que, quando alguém aborda este assunto, surgem imediata e muito convenientemente acusações de “obcecados com teorias da conspiração”…
seja como for… surgiu um blogue que tenta deitar alguma luz sobre tudo isto e que pede a colaboração e o apoio de quem a isso esteja disposto… assim como uma petição contra o “fecho” do Hospital de Dona Estefânia, que agora também aqui divulgo.
tudo indica que… os profissionais que servem neste Hospital andam manietados na sua liberdade de expressão e que os seus cargos correm perigo de represálias por manifestarem o seu desagrado e discórdia por todo este processo !
eu não fazia ideia desta situação… pois não tenho filhos e os meus sobrinhos são, felizmente, muito saudáveis nunca tendo necessitado de recorrer a este Hospital, mas… por via de outras pessoas tenho uma excelente imagem dele !
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/petition.html
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
---< O CASAMENTO >---
debaixo da ditadura de Sextrip
- boa tarde... olhe, eu quero saber o que é preciso para casar.
- boa tarde... com certeza... diga-me a sua idade por favor.
- 19 anos.
- casamento... hetero ou homossexual ?
- (meio surpresa) hummm... hetero !...
- com certeza... a senhora estuda ?
- sim, sim... estou a tirar licenciatura em química lacto-ovóide-caprina, 2º ano...
- ah, excelente escolha... com boas saídas futuras - então... temos o seguinte:
nº 1 - a senhora tem de acabar primeiro o seu curso : como compreenderá, ser-lhe-á mais fácil fazê-lo enquanto solteira, pelas mais diversas razões, mas também (e muito importante) está a investir em algo que lhe permitirá a sua auto-suficiência profissional no futuro, seja em que condições forem.
acredite que é um "compasso de espera" que valerá a pena sob qualquer perspectiva.
ora isto... (cantarolando)... 5 anos de curso... portanto aponta para os seus 22 anos... certo ?
- ... (ela fazendo que "sim" com a cabeça...)
- ora, passamos ao nº 2 - nesse entretanto...
- o senhor acha que 3 anos são um... "entretanto" ?!?
- oh sim, minha cara senhora !!!... digo-lhe mesmo... 3 anos não são coisa nenhuma !...
continuando...
neste entretanto, dizia-lhe, a senhora deve, além do tempo dedicado ao estudo, conhecer o maior número de pessoas possíveis, viajar o mais que...
- eu não quero conhecer o maior número de pessoas possíveis... eu só quero o meu namorado, quero saber se ele é o meu "Mr. Right Guy"...
- minha querida senhora... não digo o contrário, nem me atreveria.
mas em boa verdade... só saberá se ele é "candidato a Mr. Right Guy" se conhecer bastante gente para saber exactamente os "right" que lhe interessam a si, no "guy".
ele deverá fazer o mesmo, compreende ? ele também andará à procura da "Miss Right Girl", não será assim ?
e não me refiro a apenas conhecer outros homens, nem sequer a relações românticas nem sexuais.
simplesmente... conhecer o maior número de pessoas possíveis, de ambos os sexos, com vidas diferentes... seja conhecendo os problemas dessas pessoas, seja divertindo-se com elas... passando bons momentos, etc...
- mas eu gosto é de estar com ele !!?... eu amo-o !...
- mas perfeitamente !!!... não invalida... vão conhecendo as pessoas juntos... mas, com os eventuais momentos a sós que vos apeteçam, por exemplo... olhe que é algo excelente de ensaiar desde cedo.
mas dizia... viajar, ter experiências diferentes, etc.
- “experiências diferentes” ?!?!? que quer você dizer com isso ?!? (desconfiada)
- lol lol lol… minha querida senhora… descontraia… quero dizer simplesmente isso, sob qualquer aspecto que a senhora queira imaginar.
alguma vez fez Rapel ou Slide ??? não !? pois experimente… tem tempo livre, excelente forma física… vá em frente… sozinha ou com o seu namorado... sinta a adrenalina a correr nas veias...
sempre quis fazer aquele cursinho de Ikebana ??? pois faça-o… sempre pensou em passar uma noite num deserto africano ??? pois vá !... contemple alternativas, faça daquelas coisas que são “uma vez na vida”, está a ver ?...
ou mesmo… conforme me pareceu que foi o que julgou que eu estava a sugerir, se gostasse de experimentar algo lésbico ??? pois experimente-o !... porque não ?!?...
- … (um pouco constrangida)
- são apenas exemplos, apenas exemplos… não fique assim, lol lol…
continuemos… nº 3... terá de nos preencher o formulário nº 8B para podermos aferir da preparação que recebeu dos seus pais com vista a um futuro casamento.
- os meus pais ?!?... mas que têm eles a haver com isto ?!?
- ah minha querida senhora... muito mesmo ! têm muito "a haver" acredite !
estão comprovadas as mais diversas relações entre os casamentos dos pais com os casamentos dos filhos... e nós precisamos de perceber em que "pé" estão os conhecimentos que lhe foram transmitidos, entende ?
- então... e se os meus pais não me passaram os "conhecimentos" que os senhores achem os melhores ??? vão presos, não ?!?
- lol lol lol... de maneira nenhuma !... não interferimos nisso, não dessa forma... mas poderemos dar algumas dicas aos seus pais, para que a ajudem nesta sua decisão… se eles assim o pretenderem.
com certeza que eles quererão que você vá bem preparada para um casamento, pois será o seu ideal de felicidade que estará em jogo, correcto ?
sabe... é que por vezes há pais que muito pressionam os filhos para que casem... tanto às raparigas quantos aos rapazes... quando no entanto, pouco ou nada lhes transmitiram.
nós simplesmente, precavemos isso !
aquilo que os seus pais não conseguiram transmitir-lhe, tentaremos nós fazê-lo.
é um género de cursilho... nada de muito complicado... tem até mais a haver com gestão económica, gestão de recursos, cuidados a ter com ingerências externas, etc... nada de muito complicado, não se preocupe.
há até quem, mesmo bem preparados pelos pais, requerem o cursilho na mesma.
sempre são mais uns pontos de vista, compreende ?
- estou é a ver que isto de casar afinal é mais complicado do que eu esperava.
- lol lol lol… não tanto quanto a vida… nem tanto quanto o amor, minha querida senhora…
ora vamos ao nº 4…
nº 4… o estágio.
- o quem ?!?!? o quê ?!
- o estágio minha querida senhora.
para poder casar, terá de viver com o seu namorado (ou namorados, como entender) durante, no mínimo, um ano… doze meses, 365 dias, lol…
no mínimo, conforme disse.
- ora essa !!?...
- sim, sim… tenho de lhe dizer que é condição prioritária… e bastante no vosso interesse, acredite.
ficou comprovado que, antigamente, a grande maioria dos conflitos e incompatibilidades surgiam ao fim de apenas 6 meses de casamento… que as pessoas fingiam não se aperceberem deles ou de se importarem com eles porque… já estavam casados, “já não havia nada a fazer”, talvez fosse assim que “deveria” ser, patati-patatá… está a ver ?
por vezes… as coisas mais irrisórias, mas que… originavam autênticas “bolas de neve” silenciosas e corrosivas.
nós simplesmente concluímos inequivocamente que, essas situações se desenvolviam porque as pessoas se sentiam obrigadas a um “contrato”, que se sujeitavam a elas por complexo social… perante pais, amigos, a sociedade em geral incluindo o estado.
a condição de viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha (são perfeitamente livres nisso) não veio erradicar tal, mas… garanto-lhe, minorou imenso esse tipo de situações.
- não sei se concordo com isso !... (contrafeita)
- lol lol lol… minha querida senhora… conforme lhe disse… viver “maritalmente”, num grau à vossa escolha.
significa isso que… poderá declará-lo ao estado e cumpri-lo no mínimo grau a seu gosto ou imaginável – nós temos noção disso.
contudo, também conforme lhe disse, estamos convictos que esta condição é do vosso completo interesse.
bom… adiante…
ora, com todas estas andanças a senhora já deverá então estar pelos 25 anos, eventualmente com emprego, já terá a sua ideia (sua… vossa portanto) de como quererá experimentar o casamento.
estará na altura de marcar as “entrevistas”.
- mau !!!!... entrevistas ?!?... para quê ?!
- bom… é o nº5… e último, devo dizer.
o casamento, para nós, para o estado portanto, serve para além de oficializar o vosso envolvimento e relação… que bastante nos apraz, pois desejamos cidadãos felizes naquilo que decidirem fazer obviamente… serve também para estabelecer uma carta de direitos e deveres de e para com o estado.
certo ?... sempre assim o foi portanto… não tão declaradamente mas, foi !
logo… desejamos entrevistar-vos… perceber das vossas expectativas… noção do estado do país, perspectivas de futuro, noções de fidelidade mútua ou não, desejos de prole tanto de maternidade quanto de paternidade, etc… coisas muito gerais.
- pois a mim parece-me assim a modos que cusquice… a meterem-se na vida das pessoas.
- lol lol lol… de maneira nenhuma… são até entrevistas bastante informais e… que não serão obrigados a fazerem… podem optar por um inquérito por escrito que se resumirá às declarações necessárias por lei.
mas acredite… os nossos assistentes sociais são de uma experiência incrível, muito amigáveis e pacíficos, que vos podem dar sugestões insuspeitas e de extrema utilidade.
na verdade… estas entrevistas foram criadas precisamente porque no passado se concluiu que o estado se demitia por completo das pessoas num momento de grande tensão social como é um casamento ou era extremamente “frio” e distante no momento dessa decisão… mas cobrando na mesma, depois, os deveres aos cidadãos.
ora… se na verdade os cidadãos não estavam capacitados para essa tarefa… acabava toda a gente a perder, aumentavam as injustiças, os incumprimentos de parte a parte, enfim… a barafunda que se via.
e tanto assim é que… raramente os noivos se escusam a essas entrevistas.
- hummm… estou para ver !...
- sim… “estará para ver” até aos seus 25 anos… o que não é muito tempo, mas… também lhe permitirá formar uma ideia até… a nosso respeito.
- então e depois ?!?
- depois… depois o quê exactamente ?
- depois !… o que os senhores “depois” pretendem ?
- depois pretendemos que façam a vossa vida !... já não nos dirá respeito a forma como a projectam ou conduzem, não acha ? nós só pretendemos que as pessoas façam este, para nós, contrato de vida com o máximo de consciência… nada mais !
- hummm… vou ter de pensar.
- com certeza… esteja à sua vontade.
- e se… (pensativa)… e se eu resolvesse casar depois dos 25 anos… como era ? já seria uma pessoa "capaz" para casar ?! sem precisar de passar por estas coisas ?!...
- bom… critique-se este estado, ou não, por aquilo que ele entende… sim, já pode !
compreendo até o seu desagrado por esta medida.
nós sabemos que há pessoas que aos 20 anos têm tanta maturidade quanto outras de 30 mas… pretendemos garantir uma melhor qualidade de vida a quem não tem esse perfil e que necessita de alguns anos para tomar peso à vida, independente de certa influência familiar por exemplo, ou de pressões ditas sócio-culturais, etc… garantir por exemplo que as pessoas tenham o seu desejo de tirarem um curso também garantido e livre de pressões de qualquer género, etc.
olhe que há pessoas com 30 anos e mais que seguem este programa por sua própria iniciativa até…
- hummmm… acho isto tudo “muito bonito” !!!...
- lol lol… compreendo-a perfeitamente.
- … (?)… bem, okay, como disse, vou pensar… boa tarde e obrigado.
- disponha sempre… boa tarde.
o que há de mais utópico nisto...
... é que eu detesto ditaduras !
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Alguma vez amaste uma mul...
. Destinatário Ausente (Ree...
. O perfil masculino ideal ...
. Deixem as crianças em paz...
. Partilhados
. Comia-te
. Elas
. Infiel
. Maaf
. Sunshine
. Eles
. Lobi
. Supreme
. Sensuais
. Casais Quentes
. Outras Leituras
. Só Visto
. Sites Escolhidos