por fim a responder ao desafio da nossa querida Infiel…
porque carga d’água surgiu este blogue e qual é a ideia afinal ???
conforme já disse… já em várias ocasiões tive oportunidade de explicar, mais ou menos claramente, essas razões.
mas… serve o desafio da Infiel para fazer um artigo sobre isso, para o dissecar bastante mais e para ficar como uma referência futura.
(se alguém voltar a perguntar o mesmo… zás, vai de link e está a andar…)
se a explicação não colher credibilidade unânime (o mais provável)… pois paciência… será porque alguém quererá à força que seja outra… mais cliché ou mais à sua conveniência e… não tenho nada a haver com isso !
(queixem-se à ASAE…)
posto isto, vamos lá…
o fito original deste blogue está, hoje em dia e nalgumas opiniões… um pouco “desvirtuado”.
noutras opiniões… apenas e simplesmente alargou o seu âmbito.
(eu acho as duas verdadeiras… e nenhuma em absoluto)
para perceber isto melhor… teremos de recuar um pouco atrás das suas origens.
sabem aqueles que me seguem desde o início (pelo menos) que gosto de sexo grupal e de ménages-a-trois em particular.
também sabem (já perceberam com certeza) que gosto muito de escrever.
acontece que… por vezes e havendo já alguma confiança, as pessoas gostam de se fotografar ou de se gravarem em vídeos caseiros.
mesmo apenas a dois as pessoas gostam de o fazer…
(tenham calma... já vão perceber o que é que tem a haver...)
somos voyeurs de nós próprios, todos temos a nossa dose de exibicionismo ou simplesmente gostamos de registar momentos para o futuro.
eu… nunca fui de o fazer (fotografar ou gravar)… por um lado por “feitio” próprio… por outro porque, como convidado, nunca me achei nesse direito.
de maneira que… a minha forma de contribuir para essa memória, exibicionismo, voyeurismo, era (e ainda é) escrever sobre as nossas experiências, descrever os nossos momentos e oferecer esses textos aos casais.
o hábito (e o prazer) de fazer isso sempre foi muito bem recebido pelos meus parceiros… fosse pelo invulgar da ideia, fosse por ter um efeito muito semelhante ao de um vídeo.
não raras vezes, até mais erótico do que um.
com o decorrer disto e da parte das pessoas que já conhecia há mais tempo… lá começaram a surgir as sugestões para escrever um livro, etc, etc…
bom… erradamente ou não… nunca acreditei muito nessa hipótese de levar ao prelo essas nossas histórias, nem na viabilidade disso e… nunca dei demasiada atenção a tal assunto.
o blogue acaba por surgir, portanto, como uma alternativa realista a essa vã tentativa de me sugerirem um livro e… neste ponto da situação influi o aspecto que me faz sorrir, por vezes, de alguns comentários moralistas que já recebi.
é que… a ideia do blogue não foi minha !
o “Sextrip” era para se chamar “O Outro, Ela e Ele”…. e surgiria por sugestão de um casal, o Rui e a Célia, que tiveram duas razões para ma fazerem:
1º, porque realmente gostavam das coisas que escrevia e de como as escrevia…
2º, porque todos somos exibicionistas (em graus variáveis) e as histórias na net permitem um certo “exibicionismo com risco calculado” de que eles gostavam… e eu também.
contudo… eu não queria (nem podia) simplesmente “pegar” nos textos que lhes havia dedicado e colocá-los aqui.
tinha que os alterar, remover pormenores que os pudessem identificar ou mesmo… aqueles “apartes” que se pretendiam realmente exclusivos… ou seja… teria, de certa forma, de reescrever as histórias.
e enquanto isso foi sendo feito… outros souberam da ideia… também gostaram… também incentivaram… também quiseram entrar… etc.
passaram-se uns meses e dei comigo quase com um “projecto” em mãos.
depois… outro casal, a Rosa e o M.T., sugeriram que o blogue, além das histórias (dos relatos) podia tentar lançar alguma luz sobre o sexo em grupo que, na altura, andava pelas páginas de jornais e revistas… cheio de lugares comuns, de moralismos de treta, de falsas ou confusas noções, etc.
toda a gente achou bem e… adensou-se um pouco mais a ideia.
no fundo… foram estes os alicerces do “Sextrip” !
rigorosamente… nada mais !
depois… algumas amigas e amigos também desejaram entrar na ideia… eu próprio comecei a querer expor-me um pouco mais… começaram as interacções nos comentários, os mails, as questões levantadas noutros blogues, em suma...o dia-a-dia.
o desejo de falar em diversas formas de sexo sem floreados… de passar mensagens algo diferentes das que se encontram em revistinhas e jornalinhos… e “por aí afora”.
até que se chegou à forma em que hoje nos encontramos.
a perspectiva dos meus parceiros e amigos também se modificou um pouco.
vêm cá ler coisas que antes desconheciam (ou pouco conheciam) a meu respeito… retiram ilações, leituras, de coisas que escrevo… encontram (muita vez) motivos para conversas que antes não tínhamos, de que não suspeitávamos sequer.
no fundo, é uma mais valia nas nossas relações, algo separadas no tempo por diversas imposições que não podemos controlar – é como uma correspondência, em que a minha exposição acaba provocando a sua.
tem sido uma “consequência” muito interessante, com que não contávamos originalmente e mesmo muito agradável.
infelizmente… o equilíbrio entre tudo isto tem sido um pouco difícil de conseguir porque… o blogue não é a minha vida, o tempo para ele (por vezes) não abunda, há também algumas prioridades de que faço questão, etc.
se fosse “reformado”… andava a oscilar entre o blogue e a vida sexual com intervalos para comer e dormir, eheheh… mas não sou.
(é claro que… estou a brincar… tenho outros prazeres na vida)
lamento portanto “desapontar”, mas… não !
o blogue nunca foi pensado com o intuito que muita gente pretende.
nunca foi pensado como uma “plataforma de engate” !
há uma diferença muito grande entre… eventualmente acontecerem seduções, como uma consequência natural (tão simplesmente humana)… e premeditarem-se essas situações, incentivá-las, investir exclusivamente nelas !
e neste blogue… quem não vê esta diferença e pretende apontar-lhe esse intuito de mero “engate”, das duas uma… ou é inocente (no bom sentido) ou é estúpido e mal intencionado (no único sentido) !
há aqui pessoas, de quem gosto sinceramente, a quem aprecio a companhia, a troca de palavras e ideias, a malícia, o flirt !
se as quisesse “aliciar” a um contacto físico… tenho acesso aos seus e-mails, muitas vivem aqui em redor ou mesmo não veria entrave a cobrir 400 ou
porque não o tento, nem o faço… fica entregue à vossa imaginação – caso tudo o que escrevi não vos elucide em nada…
desde que comecei este blogue… por sua via aceitei um encontro, com um casal e… por sua consequência, tive também um “desencontro”.
para quem “meia palavra” não baste… quando se está de alma em algo, tanto se colhem as uvas quanto se nos azeda o vinho... é a vida.
gostaria que se tivesse a noção do ridículo que existe em tantas suspeitas de mero “intuito de engate” mas… na verdade… também não me trava o passo por aí além !
quem aqui vem simplesmente “engatar”… dificilmente se expõe, não se interessa em lançar questões, nem em debatê-las… não investe nessas coisas nem arrisca uma má palavra, uma mancha na “reputação”… tem um único fito e uma única forma de estar.
quem não vê nem admite entender isto… é frustrado ou faz parte do mesmo saco !
para aqueles mais arraigados a essa ideia… apenas isto:
não sou como vocês… não tenho falta de sexo… não necessito de um blogue para o tentar encontrar !
não vejo mal em quem o faça… mas não tentem colar-me o vosso rótulo.
o Sextrip continuará a tentar fazer deste blogue um local onde fala e “se fala” de sexo, de sexualidade, de relações entre pessoas, de momentos bons, de momentos maus, de vaipes e desabafos…
o Sextrip continuará, na medida do possível, a ir a outros blogues, de mulheres e de homens, “conversar” com as pessoas por detrás dos monitores, participar nos seus blogues, opinar nas suas questões…
o Sextrip continuará a fazer da blogosfera uma catarse e uma partilha que descobriu e da qual gostou... o que, na verdade, é o Objectivo Deste Blogue !
até que um dia… talvez seja simplesmente uma memória, para aqueles que eventualmente encontraram “algo” nas minhas palavras.
e parece-me que… é tudo !
todo o resto... dedicatória, nomeações, etc... faço-o 2ª ou 3ª feira (se não se importam).
agora tenho um "almocinho"...
beijos e abraços !
porque vou ao blogue da Infiel…
isto é... porque vou ao blogue de quem me convidou/desafiou
bom… seja um ponto de vista errado ou não, a grande maioria dos blogues femininos não me dizem nada!
entre outros aspectos, oscilam muito entre serem blogues “coitadinha de mim” e blogues “grrrr, sou muito mazinha”.
o da Infiel é bastante mais equilibrado do que isso e eu gosto de pessoas equilibradas ou que busquem o equilíbrio !
é muito simples…
é nesse “meio” que encontraremos, senão a virtude, a Infiel.
curiosamente… quando cheguei à blogosfera alguém havia falado da moda das mulheres casadas fazerem blogues para falarem das suas infidelidades (ainda não encontrei essa “moda”, mas pronto…) e quando vi um blogue feminino intitulado “Infiel” pensei cá para comigo, “ora cá está uma…”.
e claro… a minha costela de gato (ou feminina, se preferirem) lá me incitou à inevitável espreitadela.
não era aquilo que pensava mas… talvez por isso mesmo… gostei !
era o blogue com a perspectiva diferente naquela matéria.
continuo a lá ir porque a Infiel é uma mulher inteligente, logo interessante, que se vai revelando naquilo que escreve.
(além de que diz coisas sobre mim de que eu gosto, pronto…)
do que penso mais sobre ela… já o disse na dedicatória que lhe fiz no “script too long (not sex)”, mas… repito-o:
"… à Infiel, por a sentir como uma pessoa com tristezas na alma com as quais luta e que busca coragem em todas as coisas para se manter à tona – a quem desejo que nunca baixe a guarda, a quem desejo que acabe por se cruzar com quem a queira e saiba amar incondicionalmente."
âmbito e regras segundo a Infiel, autora do desafio:
- que nos leva a escrever, formatar, encontrar imagens, responder a comentários, a ter e manter um blog???? quando só queríamos que uma só pessoa o visse e essa pessoa nem sabe que temos um blog....
Regras???
ok regras:
- as que regem todos os outros desafios, seguindo a regra de bem viver na blogoesfera.
- responder á pergunta e passa-lo a outros bloguistas num nº entre 7 e 9
- dizendo porque os seguem
- enviar selo do desafio
nomear blogues… … (hummm, isto é sempre um sarilho… eheheh)
aqui vão os sete que farão o que entenderem com o convite, claro…
gosto de ler as opiniões desta mulher…
gosto à brava da garina, pronto… é gira.
porque aparecem por lá coisas que muito se discutem, mas nem sempre por aqueles prismas.
essencialmente para “ver” como vai o Mário.
porque... ... bem, o nome diz tudo !...
para me rebolar a rir a todo o comprimento da sala… (o gajo é mesmo Ruim !!!)
porque é outra mulher interessante.
dado o conteúdo do artigo anterior…
deu-me o vaipe de escrever este.
( 1 )
E TU... MULHER QUE VENS A ESTE BLOGUE... qual a maneira de um homem se vestir, que eleges como “a mais provocadora” ao teu gosto pessoal ?
(é pá, mas por favor... não me venham com fardas da marinha ou da TAP... que com isso a gente já conta...)
( 2 )
será o guarda roupa masculino menos propício a esse tipo de "produção"?
( 3 )
estará o homem, afinal, mais dependente da relação roupa/forma-física para alcançar esse tipo de sedução do que a mulher ?
( 4 )
concordas com a afirmação de que “os gays são os homens que melhor vestem”, que muitas mulheres proferem ?
( 5 )
se concordas, diz-me… porque achas que assim seja ?
( 6 )
e então contra-argumenta a seguinte afirmação da minha amiga Ana :
“toda a moda masculina é apaneleirada !!!...”
ahhh... não me apanham assim, não !!!
( 7 )
uma última afirmação para comentares… mas desta vez proferida pelo meu caro amigo TT :
“ a uma mulher boa, qualquer trapinho cai lindamente… já aos gajos, é mais a forma como vestem o trapinho… é preciso um certo toque “
hã?!?...
isto é que é um desafio !!! ... é ou não é ?!?...
ora vamos lá a ver se há respostas.
cá por mim… estou sempre “à rasca” !
muita da roupa de que gosto… deve ser desenhada por gajos lingrinhas...
para gajos lingrinhas…
e é um sarilho para conseguir o que quero.
definição de "lingrinhas" :
gajos super magrinhos, estreitinhos e que não aguentam um estalo...)
páscoa 1
mais uma páscoa, mais uma reunião de família.
a Infiel não comprou o vestido a tempo… paciência… fica para a próxima.
desta vez, depois de escalpelizados os recentes acontecimentos com a minha mãe, deu-lhes para a má-língua política e socratista, ou seja… felizmente que os caixotes revestidos a azulejo assinados pelo nosso primeiro desviaram as atenções do meu celibato.
(fico a “dever-lhe” esta…)
a priminha de 27 aninhos, quase 28, está… um tesão.
ainda bem que pouco me liga, senão… credo… ainda lhe fazia a folha.
adiante…
foi uma reunião boa… houveram algumas vidas que melhoraram um pouco no entretanto, de dezembro para cá, o que me deixou bastante feliz.
a velha matriarca é que continua irascível e intragável… aquilo é incurável.
páscoa 2
parto-me a rir com os anúncios da tmn… da trata de triplicar o saldo, dos coelhinhos, etc.
aquele rei mago é impagável !
notei que, para além dos catraios, só eu e mais cinco é que achámos um piadão àquela tralha toda.
está portanto definida a “facção” dentro do “clã”… que o tipo de humor também é uma forma de se perceberem cumplicidades.
e lá está… “por onde saem os ovos ?!”, pois !...
okay… sou um tonto, pronto.
páscoa 3
ainda não percebi grande coisa daquela polémica com a aluna, a professora e o telemóvel… ou, calhando, pouco terá para “perceber”.
(era outro dos assuntos em “debate”…)
o meu mais velho diz-me : - oh Tito, na minha turma há miúdas sempre ao telemóvel durante a aula…a mandar smésses…
- e achas isso correcto ? – pergunto-lhe.
- eu não… mas elas são “agarradas”…
- e as professoras ? que fazem ?...
- às vezes tiram-lhes os telemóveis e só lhos dão no fim das aulas ou no fim do dia.
- e tu ?... nunca mandas uns… smésses ?
- achas ?!?!?... nas aulas ponho em silêncio ou desligo quando tenho pouca carga.
- mas nunca houve nenhuma cena assim na tua escola ?
- nã… na minha turma não… mas falam lá na escola que vai sair uma lei que proíbe levarmos telemóveis, mp3, pens e outros equipamentos electrónicos.
- mas isso já é proibido, não é ?...
- sim, nas aulas… mas agora dizem que é na escola toda.
não lhe comento mais nada.
bom… vou ter de perguntar ao DT, o que se passa exactamente.
podem dizer o que quiserem acerca de “pais super-protectores” e afins que, a mim, isso não me interessa para nada !
há milhares e milhares de miúdos para quem o telemóvel é, em grande parte, uma forma de contacto com a família, que para além da vertente lúdica faz parte de uma segurança que a tecnologia tornou possível.
já chateia esta alarvidade de quando não se consegue resolver o problema de base, vai de proibir… esquecendo que se continuam a castigar milhares de justos pelo pecador.
se assim for… vai haver merda !
mas "sacudi" a coisa da mente... estávamos em família...
páscoa 4
vou a entrar numa pastelaria de Santarém com os meus sobrinhos e um amigo do do meio, quando… dou de caras com uma ex-colega minha de um antigo emprego.
surpresa… há quantos anos… o mundo é pequeno… etc e tal…
julgou que eu ainda era casado e que os quatro eram meus filhos.
expliquei-lhe que não e… ficou visivelmente radiante !
(as mulheres, muita vez, não são assim tão indecifráveis quanto se diz…)
“- hummm, pois… também estou divorciada… divorciada e boa rapariga… (risos)”
pois pois…”rapariga”, obviamente… “boa”, absolutamente !!!
(eh pá, putos… tomem lá 40 euros e bazem…) foi só um pensamento...
a conversa foi curta… eu estava de entrada com o infantário, ela de saída com um grupo geriátrico… mas, trocámos números de telemóvel e promessas de um encontro em Lisboa.
foi bom saber que ela é mais uma das que acham que os homens são como o vinho do Porto… é sempre uma informação relevante !
afinal sempre existem “ovos da Páscoa” !
( mnhammm… que coelhinha tão apetitosa que ela está !!!)
páscoa 5
“- Ah… mas então o que a sua mãezinha teve foi uma ‘broncopenomia’ !”
ainda estive para dizer que há uma coisa chamada broncopneumonia (ou pneumonia lobular se preferirem), mas… tenho esta mania lixada de não dar à dica com pessoas que ostensivamente se acham mais cultas que as demais.
e não… não foi só uma “simples” broncopneumonia.
páscoa 6
e acerca da minha dedicação/preocupação pela minha mãe nestes dias… dizia a “mulher-moderna-espertalhona-sofisticada” :
- ai os homens, os homens… tenham a idade que tiverem estão sempre dependentes da mãezinhas…
(…?...)
eu ia perguntar-lhe se ela já tinha experimentado a ser sodomizada… pois é um autêntico bálsamo para aquele estado opinativo idiota, mas… a minha ovelhinha negra pôs-me a mão no braço, o que tem sempre um efeito calmante em mim.
estas coisinhas, muito engraçadinhas, muito “femininas”, são porreirinhas em reuniões de amiguinhas no salão de chá ou até no bloguezinho…
mas frente a um maduro, mais vivido que ela (de certeza), que teve a mãe em risco de vida num hospital dias antes… é algo completamente desaconselhável !
não sei se se pretende que seja sinal de uma qualquer “coragem”… mas de estupidez, é-o de certeza !
páscoa 7
no "cantinho dos petiscos", estava abrigado…
a luz difusa do sol, que se começava pôr por detrás das nuvens, vinha até mim por entre as árvores de fruto… o ar estava parado e tépido.
estava sozinho, recostado na cadeira junto à mesa de ripas de madeira, meio preguiçoso, meio apreciando aquele fim de tarde vagamente primaveril, bebendo o meu conhaque…
um pardal pousou nas costas da cadeira em frente.
entreolhamo-nos…
ele muito irrequieto, eu muito quieto…
“olá”, disse-lhe.
meneou a cabecita, saltou para cima da mesa.
entre nós… três minúsculas migalhas de folar… percebi-lhe o irresistível da coisa.
dois ou três pulinhos para a frente, sempre comigo sob mira… bicou uma migalha… dois ou três pulinhos para trás… comeu-a.
repetido o processo mais duas vezes e tornou a recuar para as costas da cadeira.
parecia estar a mirar-me com atenção.
sorri.
- está bom o folar… não está ?
tornou a menear a cabecita daquela forma que torna os pardais tão “reguilas” para mim.
depois voou para uma nespereira mesmo defronte.
também gosto… de umas nêsperas sumarentas depois de umas fatias de folar.
páscoa 8
não sei aonde perdi a minha religiosidade… nem exactamente porquê…
sei que teve algo a haver com a morte do meu pai mas, muito sinceramente, não tenho consciência de “o quê” exactamente, nem recordo nenhum episódio específico para o “corte de relações”.
sei que fui umas 5 ou 6 vezes à missa, mas… disse à minha mãe que não mais queria ir e ela nunca me obrigou a tal.
isto para ???...
para dizer que, mais uma vez, a data é mero pretexto para estar com a família, deliciar-me com o borrego da minha tia e para mamar amêndoas… nada mais.
(e deverei acrescentar: para reencontrar ex-colegas de antigos empregos, se possível ?)
ainda assim…
íamos na rua (eu, os meus irmãos e cunhadas) e surge-nos uma daquelas velhotas que nos “conhecem desde miúdos” mas de quem não nos lembramos em absoluto e pergunta-nos se o compasso ia lá a casa (a casa da nossa tia portanto)…
os meus irmãos ficaram tipo, “o quem ?!?”… e antes que respondessem que não haviam arquitectos lá em casa ou coisa do género, lá respondi à velhota que “achava que não, que a minha tia não havia preparado nada”.
a velhota, depois de uma expressão que aparentava tristeza, lá mandou beijinhos e aquelas coisas todas… e foi à vida dela.
depois… eu, que nada ligo à igreja, lá tive que lhes explicar o que é o compasso… tradição de que não me lembro sequer que fosse seguida por aqueles lados.
limpar bem a casa, pintá-la ou caiá-la se possível, esperar pela vinda do padre para a benzer… beija-se a cruz e dá-se comida e bebida, claro.
(há muito tempo que não ouvia falar nisto…)
páscoa 9
e já chega de conversas em família, de cusquices de aldeia, de filmes bíblicos na tv e de comes-e-bebes a toda hora.
amanhã, domingo de páscoa… desculpem lá qualquer coisinha mas… depois de uma coisa que quero fazer de manhã com a minha mãe, volto para Lisboa, vou almoçar com o TT e depois… há-de ser “má vida” e da “muito pouco católica” até às tantas.
há que fazer render o tempo para tudo…
Ei, pessoal !
Vamos falar
de sexo !
poucos dias atrás disseram-me algo como:
“ – essa ideia do sexo sempre como uma coisa pejorativa também já não é bem assim… já é um bocado exagero !”
bem… se compararmos a ideia actual com a que era vigente no século XVIII… sim, é capaz de ser um bocado “exagerada”.
eu, como me reporto sempre à época da minha formação sexual (período mais ou menos nebuloso entre 1972 e 1980) como factor de comparação, não lhe acho assim “evolução” de maior.
ou melhor… não considero que se tenha evoluído o que seria esperado em termos de mentalidade… já deveríamos estar noutro patamar !
há coisas abordadas abertamente nos anos 60 - os chamados "anos da revolução sexual" - que afinal ainda hoje são tabu, das quais ainda se fala à boca pequena.
se alguém achar isto "normal"... não serei eu de certeza !
ontem de manhã li uma notícia acerca de um eventual filho secreto (coisa a que já nem ligo) da falecida princesa Margaret Rose de York e… a certa altura, em caixa realçada, dizia-se o seguinte (ou mais ou menos):
Escândalo…
Descobriu-se que o legado da princesa Margarida incluía mais de 550 livros eróticos e mesmo vários Guias Sexuais.
ora… antes de continuar… vou-vos pedir encarecidamente que me enviem o maior número possível de mails a confirmarem-me que estamos MESMO, de certeza absoluta… no século XXI. (preciso mesmo que o façam porque, nestes momentos, fico com sinceras duvidas que estejamos tão cronologicamente avançados)
não é “curioso”… nem “invulgar”…
nem “irreverente”… nem “inesperado”.
já nem tenho a pretensão de pedir
que seja "espectacular" ou "fantástico".
é “escandaloso” !!!…
(escândalo é uma coisa “má”, não é ???... ou já mudou de conotação e eu não dei por isso ?!?...)
escandaloso que uma MULHER… ainda por cima uma PRINCESA… lesse e/ou coleccionasse livros ERÓTICOS… credo, sobre SEXO… e ainda por cima, a desavergonhada deixou-os como LEGADO !!!
e GUIAS SEXUAIS ?!?!?... isto admite-se ?!? uma mulher, uma princesa, casada ainda para mais ?!?... para que seriam esses guias ?!?... que vergonha, que ultraje… nem se imagina a vergonha da mana mais velha...
(o esqueleto da Victória então… deve andar às piruetas dentro do caixão…)
enfim… okay, pronto… calhando, sou eu que sou “exagerado” em considerar que a mentalidade sobre o sexo que prevalece nas nossas sociedades ocidentais, civilizadas, etc… é pejorativa e castradora.
mas parece-me que há muita gente que continua a passar essa mentalidade nas páginas de jornais… que são lidos por milhares e milhares de pessoas... com a já habitual "desculpa", idiota e mal intencionada, de que "é o que as pessoas querem ler"...
º
a princesa Margarida de York foi o único ente desta família real britânica que alguma vez me seduziu, como pessoa e como mulher !
meninas “bem comportadas”, como a Diana, nunca fizeram o meu género…
talvez a casa real britânica tenha, neste momento, uma das melhores colecções de literatura do género.
aproveitem-na, valorizem-na e preservem-na.
Ei, pessoal !
Vamos falar
de sexo !
solidão é um cesto com muitos e diferentes vimes.
donde… é bastante falho, senão tendencioso, atribuírem-se “culpas” exclusivamente a A, B ou C… ou, como muito costumeiramente, à “sociedade”.
a velhice, a doença prolongada ou a “deficiência”, interligadas ou não, são circunstâncias que levam as pessoas a solidões bastante nefastas… daquelas em que, muita vez, as próprias pessoas pouco ou nada podem fazer… que são “lançadas” nelas e que, apenas por sua vontade, muito dificilmente conseguirão contrariar.
em todas as outras, a meu ver e muito provavelmente, o indivíduo tem uma palavra a dizer.
e é sobre este “em todas as outras” que este artigo se vai debruçar.
poucos anos atrás, creio que no início do governo anterior, este pretendeu lançar uma campanha “contra a solidão”… em que, entre outras coisas, mais ou menos legítimas ou pertinentes, se sugeria algo subtilmente que seria o indivíduo o principal responsável, senão exclusivo, pela sua solidão e que lhe competia combatê-la.
que se pretendia incentivar este a lutar contra isso e etc…
tanto quanto sei (e me lembre…) a campanha nunca foi avante, ficou-se por dois ou três artigos nos jornais e motivou criticas da oposição e de várias individualidades.
“que a solidão é uma doença social e que não se a pode circunscrever exclusivamente à esfera individual” era, mais ou menos, a leitura que se fazia da oposição à campanha na altura.
se a campanha foi avante… deve ter ficado muito circunscrita pois nunca a vi em parte alguma…
bom… em parte, é verdade… não se pode deixar o indivíduo (neste caso, o solitário) encarregue… exclusivamente… de resolver o seu problema.
o mais certo seria, isso ir sobrecarregar-lhe o problema e servir como desagravo para todos os outros, inclusive do estado… o que também não parece muito legítimo nem honesto.
com sucessivos governos a pretenderem-se desvincular (senão, demitir) de tantas e tantas responsabilidades sociais… talvez seja compreensível que se desconfie das verdadeiras intenções destas campanhas… mas enfim…
contudo… em parte, também é verdade… que o solitário não está isento, nem de responsabilidade pela sua situação, nem de capacidade para a contrariar.
como em muitas outras chagas sociais… ninguém o conseguirá ajudar (por muita vontade que realmente tenha) se o próprio não der um primeiro passo… se não quiser ser ajudado.
por exemplo... quantos casos conhecemos de pessoas que, depois de um divórcio, se encerraram sobre si mesmas, que se afastaram da família e amigos, que se deitaram à cama dos rancores, das desconfianças, das mágoas e azedumes e que… agora, anos depois, finalmente ostracisados, se queixam de “solidão” ?!...
e é verdade… é inegável… estão em solidão e sofrem com isso.
também não é correcto apenas pensarmos o tradicional "quem fez a cama, que nela se deite" e muito provavelmente alguém as poderá ajudar.
mas… não podem querer comparar o seu caso, a sua solidão… à de um velho doente, “despejado” algures, abandonado por filhos e restante família, já sem amigos, com a morte rondando por perto !
( lamento puxar da comparação, mas… é verdade, não podem )
nem podem pretender que surjam anjos do céu para os erguerem do chão.
terão que fazer o seu esforço individual para contrariarem o seu estado… talvez mesmo, começando por perceberem a sua quota parte de responsabilidade na sua própria situação.
caso não lhes restem sequer forças para fazer esse “trabalho”... pelo menos... que façam saber da sua vontade em as reunirem… se alguém ou algo se dispuser a ajudar.
este “pouco” é, em tudo, preferível à vitimização do “coitadinho de mim, estou para aqui abandonado e ninguém me liga”…
muita gente, solitários em potência, não o são.
porquê ?!...
há muitas razões para não o serem… e há que perceber essas razões.
algumas não nos servirão a nós (só àquela pessoa em particular) mas outras… talvez nos tragam a diferença.
há quem… na ausência do afecto de uma companheira… se dedique mais à família,
que semeie e colha aí os seus afectos, por exemplo.
“é uma coisa diferente, isso é incompreensível”, poderão dizer…
será ?... ter-se-á assim tanta certeza disso ?
diria que há coisas bem mais incompreensíveis e que, no entanto, se procuram dar como certas… (são questões de perspectiva…)
ao invés de apenas desvalorizarmos outra pessoa porque “não é solitária” (o que em si é algo estúpido, diga-se – pois estaremos então a valorizar a solidão) ou a invejar-lhe simplesmente a vida que tem… que antes se preste atenção às formas como a combate, como a evita ou mesmo como a elimina.
por exemplo, antes de comentarmos a alguém, “mas sabes lá tu, o que é solidão !!?”… perguntemos a nós próprios que “raio de questão” é essa.
será a pessoa “menos válida” porque nunca passou por ela ?!
será boa… a solidão… para constar curricularmente na vida de alguém ?!
será que sabemos, de certeza, que a pessoa nunca terá passado por ela ?!
será que nos estamos a “valorizar” por sermos solitários ?!
será que pretendemos a nossa solidão como “mãe” de todas as outras ?!
há questões que, a serem colocadas, terão honestamente de levantar várias perguntas.
é comum dizer-se que uma das principais razões para a solidão é a “falta de afecto”.
é comum porque é verdade… é das razões a que acredito "maior".
principalmente quando a auto-estima é, para todos os efeitos, um afecto.
e em muitos casos, tudo aparenta, a ausência de auto-estima é causa suficiente para uma solidão.
poderemos dizer que… a falta de estima dos outros aniquila a nossa própria.
pode ser verdade… dependerá do indivíduo, das circunstâncias, etc.
mas também é outra verdade, que… se não tivermos auto-estima, dificilmente os outros encontrarão razão ou motivo para tê-la por nós.
se é que não nos transformamos em alguém "intragável" que induz o seu próprio campo de solidão...
há que pensar em todas estas questões !
depois... poderá um país, um estado, uma sociedade, pensar no seu papel em prevenir determinadas situações e no seu contributo para minorar a parte social da solidão...
porque acredito que a maior solidão que existe é aquela em que...
nos abandonamos a nós próprios… desafio-nos :
gostemos de nós próprios…
saibamos fazê-lo com humildade
talvez encontremos forças de que não suspeitávamos…
talvez que, mesmo lentamente, a vida se nos modifique.
O teu conceito.
Ou simplesmente aquilo que te ocorre no momento.
Vida: uma viagem – tudo o mais que diga é irrelevante.
Amor: inexplicável, incompreensível… mas é a essência do espírito humano – a ausência dele é a causa de todo o mal.
Casamento: um contrato (é estúpido que sempre apareça a seguir ao amor nestes “inquéritos”).
Dinheiro: (o que não é! o que não deve fazer!) um deus – comprar o espírito.
Homem: semente.
Mulher: terra.
Filhos: o único e verdadeiro legado que deixamos no mundo.
Família: raízes e barro…
Desejo: o motor mais potente que alguma vez existirá.
Profissão: fazer algo pelo mundo, pela vida… e ainda receber por isso.
Sucesso: corporizar um sonho.
Realização pessoal: é como a nossa sombra… tanto está atrás de nós, quanto à nossa frente… dependendo do sol.
Saúde: sem ela, nada se consegue fazer em boas condições – nada ! (parece que a malta esquece isto com frequência)
Internet: a maior janela que o homem já construiu.
Presente: acção.
Passado: tudo aquilo que somos.
Futuro: desconhecido… felizmente !
Política: algo que devia ser absolutamente inacessível a medíocres.
Portugal: (por favor não morras… lembra-te sempre de Viriato)
Sexo: a mais absoluta linguagem do nosso corpo e um dos mais poderosos catalizadores do espírito. (devia estar a seguir a “amor”, ao invés do “casamento”, ainda que não pertença a nenhum deles). sempre injustiçado no seu valor e importância, reflecte o medo mais incompreensível do homem: o medo à liberdade.
Arte: catalizador do espírito.
Opinião sobre o desafio em questão: interessante.
Passa o desafio a três pessoas da tua confiança. Não mais, não menos e dedica-lhes o pensamento que elas te façam ocorrer com mais frequência.
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